Descoberta permite estudar a composição das baterias enquanto elas estão operando, o que abre caminho para melhorias na eficiência delas

As células-botão de lítio, também conhecidas como células tipo moeda, são pequenas células redondas e achatadas usadas em diversos dispositivos.
Elas são consideradas baterias muito eficientes, mas acabam enfraquecendo com o passar do tempo.
Agora, uma equipe de pesquisadores desenvolveu um método que permite saber qual a carga restante disponível. A descoberta foi descrita em estudo publicado na revista Small e pode ajudar no aperfeiçoamento destes produtos.
- As baterias evoluíram com o passar do tempo.
- A combinação de óxidos de níquel-manganês-cobalto (NMC) em camadas com um eletrodo de grafite, por exemplo, aumentou a eficiência destes produtos.
- No entanto, mesmo as melhores baterias existentes hoje não duram para sempre.
- Elas envelhecem e perdem sua capacidade com o tempo.
- Normalmente, as mudanças que ocorrem no interior dos dispositivos só são estudadas após a desmontagem deles.
- Mas agora uma nova maneira pode mostrar qual a carga restante.
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Uma nova forma de analisar o desgaste dos produtos
No novo trabalho, a equipe de pesquisadores analisou uma célula-botão de lítio por várias semanas. Foram mais de 10 mil ciclos de carga, fornecendo dados sobre a degradação do produto ao longo do tempo.
O estudo apontou que, durante as primeiras três semanas, o manganês, em particular, se dissolve do cátodo NMC e migra para o ânodo de carbono. Todo este processo leva cerca de 200 ciclos. Depois disso, o composto se dissolve cada vez mais nas camadas intermediárias.
Isso interrompe novas reações e processos, diminuindo a capacidade da bateria até que não haja mais carga disponível. As descobertas são consideradas fundamentais para estudar a composição das baterias enquanto elas estão operando. A ideia é que isso abra uma série de novas possibilidades para melhorar a eficiência das recargas.
Colaboração para o Olhar Digital
Alessandro Di Lorenzo é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital
Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.
Fonte: Olhar Digital