O Mercado Livre divulgou nesta quarta-feira (7) um aumento de 44% no lucro líquido no primeiro trimestre em relação ao ano anterior, acima das estimativas dos analistas, com a recuperação das operações na Argentina.
A companhia, empresa mais valiosa da América Latina em valor de mercado, teve lucro líquido de US$ 494 milhões no trimestre encerrado em março, acima da média de previsões de analistas de US$ 420,9 milhões, compilada pela Lseg.
O vice-presidente financeiro, Martin de los Santos, disse à Reuters que uma base de comparação mais fraca auxiliou os números da Argentina na relação anual devido aos impactos iniciais da desvalorização do peso no final de 2023.
Inflação e taxas de juros mais baixas também impulsionaram o aumento das vendas e o apetite por crédito no país, acrescentou.
Os fortes números da Argentina colocaram o país de volta à segunda posição entre os maiores mercados da companhia em receita, disse de los Santos, ultrapassando o México e ficando atrás do Brasil, que tradicionalmente lidera o ranking. A Argentina havia perdido a posição no ano passado.
O Mercado Livre, que tem em seu marketplace e no banco digital Mercado Pago suas principais fontes de receita, teve faturamento de US$ 5,9 bilhões, um aumento de 37% em relação ao ano anterior, superando também a média de expectativas de analistas, de US$ 5,51 bilhões.
O Mercado Livre tem apresentado resultados consistentemente acima das estimativas de mercado nos últimos anos, em meio a fortes investimentos na América Latina, uma estratégia que também gera alguma preocupação dos investidores quanto à lucratividade a curto prazo.
O lucro antes de juros e impostos (Ebit) foi de US$ 763 milhões, acima dos US$ 617,4 milhões previstos por analistas e um aumento de 45% em relação ao ano anterior.
A margem ficou em 12,9%, ante 12,2% registrados no ano anterior.
Na área de serviços financeiros, o Mercado Livre aumentou sua carteira de crédito em 75% em relação ao ano anterior, para US$ 7,8 bilhões, impulsionado principalmente por cartões de crédito.
Em dezembro, o índice de inadimplência de 15 a 90 dias ficou em 8,2%, um aumento de 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e uma queda em relação aos 9,3% do ano anterior.
Fonte: CNN Brasil