Um auditor da Receita Federal do Brasil explicou os conceitos da tecnologia blockchain, disponível desde a chegada do bitcoin, durante palestra do VI Encontro Nacional de Inteligência do Poder Judiciário.
O evento contou com a presença de mais 350 participantes de 25 estados e do Distrito Federal.
Organizado pelo TJTO, por meio do Núcleo de Inteligência e Segurança Institucional (NIS), foi coordenado pela desembargadora Jacqueline Adorno em parceria com a Escola Superior da Magistratura Tocantinense (Esmat).
Alinhado à Política Nacional de Segurança do Poder Judiciário, regulamentada pela Resolução nº 435 do CNJ, de 2021, o evento teve a coordenação do corregedor-geral da Justiça do Tocantins, desembargador Pedro Nelson de Miranda Coutinho.
Tecnologia das criptomoedas é apresentado por auditor da Receita Federal do Brasil em evento nacional de inteligência do poder judiciário
A programação do Encontro Nacional de Inteligência do Judiciário prosseguiu com a palestra “Aplicações de Blockchain no Serviço Público para o Compartilhamento Seguro de Dados“.
A apresentação foi conduzida por Ronald Cesar Thompson, auditor da Receita Federal do Brasil e chefe da Divisão de Gestão de Serviços de Tecnologia da Informação.
Thompson iniciou a exposição explicando os fundamentos da tecnologia blockchain e sua origem. Criada em 2008 para viabilizar o funcionamento do bitcoin, a tecnologia permite o registro descentralizado e seguro de transações.
Citando o documento fundador da criptomoeda, o palestrante lembrou que o blockchain funciona como uma “rede que marca o tempo das transações, colocando-as em uma cadeia contínua no hash, formando um registro que não pode ser alterado sem refazer todo o trabalho”.
Com linguagem acessível, o auditor comparou o blockchain a um grande livro contábil digital. Segundo ele, essa estrutura registra diferentes tipos de transações e distribui esses dados entre milhares de computadores ao redor do mundo.
Descentralização fortalece segurança
Seguindo, o palestrante lembrou que a descentralização torna os registros praticamente imutáveis, o que garante segurança mesmo em redes públicas. No caso do bitcoin, por exemplo, o sistema permite rastrear o envio e o recebimento de valores com alta confiabilidade.
Ao longo da palestra, Thompson detalhou como a Receita Federal vem utilizando a tecnologia blockchain para aprimorar a troca de informações de inteligência com outros órgãos públicos.
A tecnologia, segundo ele, é uma aliada estratégica na integração de dados, especialmente em ações de fiscalização de fronteiras e operações conjuntas.
O auditor também apresentou os desafios logísticos da Receita diante da extensão territorial do país, utilizando mapas comparativos para demonstrar a dimensão e a complexidade das áreas sob vigilância.
“A implementação do Blockchain na Receita Federal busca criar uma rede de colaboração segura, permitindo o compartilhamento estruturado e confiável de informações entre diferentes entidades governamentais,” afirmou o palestrante.
Fonte: Livecoins