Autocompaixão – ICL Notícias

Os estudos sobre comunicação não-violenta mostram que um de seus pilares é autocompaixão.

Você já pensou o quanto sua autocompaixão pode influenciar a sua comunicação?

No meu trabalho, normalmente as pessoas trazem suas angústias e frustrações para serem trabalhadas. Estas, muitas vezes acontecem pelas expectativas que eles têm do outro. Minha função é voltá-las para dentro de si mesmas e explorar como alcançar suas expectativas, uma vez que não mudamos ninguém.

Uma das tarefas mais difíceis é ensinar estas pessoas a se olharem e pior ainda, identificar seus sentimentos e necessidades. Uma prática que uma vez aprendida, não pode findar e a partir daí os resultados da vida também mudarão.

Existem duas formas de olhar para seus sentimentos e necessidades: com atitude e intenção.

Na atitude:

1. Não se julgar. Deixar de lado a crítica interior, julgando suas atitudes ou se rotulando.
2. Perceber seus sentimentos — respirar fundo e saber identificar suas emoções naquele momento. Nomeá-las.
3. Entender, dentro daquela emoção, o que você precisa.
4. Procurar estratégias para cuidar das suas necessidades e promovê-las para si.

Na intenção:

1. Se escutar e se observar, sem julgamento.
2. Se afastar do problema e procurar entender seu corpo. Seu corpo fala, com tensões musculares e dores. Saiba ouvi-lo.
3. Acolher seus sentimentos.
4. Saber como pode cuidar das suas emoções.

Depois disto tenha em mente os 3 elementos da autocompaixão.

• Gentileza consigo mesmo.
• Humanização. Entender que por ser humano, você tem falhas e precisa ser acolhido, principalmente por si mesmo, quando as comete.
• Atenção plena para consigo. Se observar de perto, se dando total atenção.

Se seguir estes passos perceberá que sua comunicação com o outro será mais clara, serena e objetiva.

Novamente vemos a prova de que autoconhecimento é a base para bons relacionamentos e mais uma vez depende de nós.

Assim, vale citar o primeiro e segundo princípio Socrático “Quem sou eu? e “Uma vida não examinada não vale a pena ser vivida”

Grande abraço,