O Bitcoin fechou o primeiro trimestre de 2025 em queda de 11,8% contra o dólar americano. A pressão vendedora dos ETFs, que fecharam dois meses seguidos com saídas pela primeira vez na história, ajuda a explicar esses números.
Outras criptomoedas tiveram um desempenho ainda pior. O destaque fica para o Ethereum (ETH), que caiu 45% no mesmo período.
Quem cresceu nesses três meses foram as stablecoins. Enquanto Tether (USDT) saltou de US$ 137 bilhões para 144, a USDCoin (USDC) viu seu valor de mercado sair de US$ 44 bilhões para 60.
Bitcoin fecha trimestre em queda
Com uma queda de 17,4% em fevereiro e 2,3% em março, o Bitcoin fecha o primeiro trimestre de 2025 em queda após uma alta de 9,3% em janeiro.
Os números combinam com o fluxo dos ETFs de Bitcoin, mostrando o impacto que esses produtos recém-lançados já possuem na economia da criptomoeda.
Como pode ser visto na imagem abaixo, esse foi o pior primeiro trimestre do Bitcoin dos últimos 7 anos. No entanto, a porcentagem é semelhante a de outros períodos, como 2T de 2024 e 2T de 2023, não tendo grande impacto no sentimento do mercado.
Embora os ETFs tenham registrado entradas de US$ 5,2 bilhões em janeiro, principalmente pelas eleições americanas, os dois meses seguintes fecharam no vermelho.
Em fevereiro foram registrados US$ 3,56 bilhões em saídas. Já em março, apesar da retomada na segunda metade do mês, outros US$ 767 milhões tiveram o mesmo destino.
O valor do mercado de criptomoedas encolheu US$ 556 milhões no trimestre, representando 17% do total.
Stablecoins continuam expandindo e mercado se mostra confiante com o futuro
As stablecoins já atingiram um papel fundamental no mercado de criptomoedas e hoje são responsáveis pelo maior volume de negociações do mercado.
Além disso, agora também possuem o papel de expandir a popularização do dólar fora dos EUA após o governo Trump banir a criação do ‘dólar digital’.
Os destaques ficam para USDT e USDC, as duas maiores stablecoins do mercado. Enquanto a primeira cresceu US$ 7 bilhões, a segunda teve um salto de US$ 16 bilhões no primeiro trimestre.
A entrada de novos players, como a USD1, ligada a família de Donald Trump, também mostra a força desse setor. Somado a isso, também vimos o aporte de 8.888 bitcoins pela Tether, que ultrapassou a marca de 100.000 moedas (R$ 48,6 bilhões).
Apesar da queda do Bitcoin, especialistas acreditam a criptomoeda voltará a subir no segundo trimestre de 2025.
Além da narrativa sobre a dívida americana, que atraiu a atenção até mesmo de Larry Fink, CEO da BlackRock, o primeiro trimestre também foi marcado por grandes movimentações nos bastidores.
Isso inclui o aporte de US$ 2 bilhões da MGX na Binance, o investimento de R$ 2,3 bilhões recebidos pela TON Foundation, a compra da NinjaTrader pela Kraken pela quantia de R$ 8,5 bilhões, e rumores da compra da Deribit pela Coinbase.
Tais notícias mostram a empolgação do mercado sobre o futuro do Bitcoin.
Fonte: Livecoins