Em uma iniciativa pioneira, Waldemir Cambiucci, engenheiro de computação e doutorando da Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP), propôs a criação de um computador quântico dotado de múltiplas unidades de processamento quântico (QPUs).
Esse desenvolvimento visa superar as limitações dos atuais computadores quânticos, que se restringem a um único processador e apresentam altas taxas de erro.
O projeto ainda está em fase inicial, mas já desperta grande interesse devido ao potencial de ampliar significativamente as aplicações práticas de computação quântica.
As áreas beneficiadas incluiriam ciências de materiais, química, inteligência artificial (IA) e o mercado financeiro, expandindo as possibilidades de simulações moleculares e exploração científica.
Os computadores quânticos diferem dos clássicos ao utilizarem qubits, que operam sob os princípios da mecânica quântica, permitindo a superposição e o emaranhamento de estados.
Essas características permitem aos computadores quânticos resolver problemas complexos que são inacessíveis para as máquinas tradicionais.
A pesquisa de Cambiucci envolve a otimização de operações, mapeamento de qubits e inicialização mais eficiente para permitir a execução em cenários reais de maneira mais rápida e com menor custo.
Ainda que a viabilização do computador quântico de múltiplas QPUs seja um desafio técnico e financeiro, grandes corporações tecnológicas como Microsoft e IBM já investem nesse campo, antecipando a transformação que a computação quântica poderá trazer.