Na quinta-feira (25), deputado federal Alexandre Ramagem (PL–RJ) foi alvo de busca e apreensão da PF nessa mesma investigação
O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos-Rio), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), é alvo nesta segunda (29) de operação da Polícia Federal que apura desvios cometidos na Abin (Agência Brasileira de Inteligência) durante o governo de Bolsonaro. A informação foi dada em primeira mão pela jornalista Andréia Sadi, da GloboNews.
A busca e apreensão foi autorizada para a casa de Carlos e também na Câmara Municipal do Rio. Assessores do filho do ex-presidente também são alvo da operação. Até a última atualização, o filho de Bolsonaro não ainda não havia se pronunciado sobre a operação.
Além da ação contra Carlos Bolsonaro, policiais federais cumprem outros 20 mandados de busca e apreensão e medidas cautelares, que incluem a suspensão imediata do exercício das funções públicas de sete policiais federais.
As diligências de busca e apreensão ocorrem em Brasília–DF (18), Juiz de Fora–MG (1), São João Del Rei–MG (1) e Rio de Janeiro–RJ (1).
OPERAÇÃO ÚLTIMA MILHA
A operação é uma continuação das investigações da Operação Última Milha, do último dia 20. As provas obtidas a partir das diligências da Polícia Federal à época indicam que havia um grupo criminoso que criou uma estrutura paralela na Abin.
O esquema, diz a PF, usou ferramentas e serviços daquela agência de inteligência para ações ilícitas, produzindo informações para uso político e midiático, além de obtenção de proveitos pessoais e até mesmo para interferir em investigações da PF.
A PF afirma que os investigados podem responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial, ou com objetivos não autorizados em lei.
RAMAGEM ALVO
Na quinta-feira (25), o deputado federal Alexandre Ramagem (PL–RJ) foi alvo de busca e apreensão da PF nessa mesma investigação.
Além dele, o policial federal Felipe Arlotta Freitas, um dos homens de confiança do ex-diretor da Abin, foi alvo de busca e apreensão.