GOVERNO FEDERALspot_imgspot_img
24.3 C
Manaus
sexta-feira, fevereiro 21, 2025
GOVERNO FEDERALspot_imgspot_img

Cid tentou blindar Braga Netto nos primeiros depoimentos da delação

A delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, mostra a tentativa de blindagem do general Braga Netto nos primeiros depoimentos prestados à Policia Federal (PF).

A delação foi utilizada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para embasar a denúncia oferecida ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-presidente e mais 33 acusados no inquérito do golpe. O sigilo dos depoimentos foi retirado nesta quarta-feira (19) pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF.

De acordo com um dos depoimentos, Cid confirmou que “dosou as palavras” sobre as tentativas de Braga Netto de obter informações sobre a delação, por meio de ligações telefônicas para o general Lourena Cid, pai do ex-ajudante.

Em depoimento prestado em dezembro do ano passado, Cid foi perguntado pelo delegado Fabio Shor se havia receio de repassar informações para a investigação. Cid disse que levou em conta a hierarquia militar para não confirmar, em um primeiro momento, que Braga Netto teria a intenção de financiar militares para execução do plano golpista e obter dados sobre a delação.

“Pelo respeito que a gente tem com uma autoridade, um general quatro estrelas, que às vezes é muito caro, dosa muitas palavras para evitar estar acusando ou falando de uma autoridade, ainda mais um general quatro estrelas. Mas, diretamente por causa dessa situação, não. Mais pelo íntimo interno, do ethos militar”, afirmou.

Na delação, Mauro Cid confirmou que Braga Netto, ex-ministro e vice de Bolsonaro nas eleições de 2022, repassou a ele “dinheiro dentro de uma sacola de vinho”, e os recursos teriam permanecido com um militar identificado como Rafael de Oliveira”, disse.

O general Braga Netto me entregou o dinheiro, eu tenho quase certeza que foi no Alvorada, até me lembro que eu botei na minha mesa ali na biblioteca do Alvorada e depois o De Oliveira veio buscar o dinheiro comigo na próprio Alvorada, só que eu não consigo lembrar o dia. Então, eu entreguei o dinheiro para o De Oliveira, mas eu não sei dizer o valor porque estava na casa, estava lacrado, não mexi, porque ele me entregou e eu passei para ele“, completou.

Braga Netto está preso desde 14 de dezembro de 2024, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito do golpe.  Segundo as investigações da Polícia Federal, baseadas na delação de Cid, o general estaria obstruindo a investigação.

Defesa

A defesa de Braga Netto considerou que a denúncia da PGR é fantasiosa e afirmou que o general tem reputação ilibada e mais de 40 anos de serviços prestados ao Exército.

O general Braga Betto está preso há mais de 60 dias e ainda não teve amplo acesso aos autos, encontra-se preso em razão de uma delação premiada que não lhe foi permitido conhecer e contraditar“, declarou a defesa.

FONTE: AGÊNCIA BRASIL

GOVERNO FEDERALspot_imgspot_img

Amazonas Repórter

Tudo
spot_imgspot_img

‘Como juíza, eu não tinha o poder de transformar a vida das pessoas’, diz Carol Braz

Em entrevista, ex-juíza e defensora pública explicou porque largou a toga para ser defensora e hoje almeja vaga na CMM Após anos de estudo, a...

Pagamento de boletos com Pix deve reduzir juros de duplicatas

A partir desta segunda-feira (3), entra em vigor Resolução do Banco Central que facilita o pagamento de boletos com o Pix, o sistema de transferência de...

Carol Braz: Defensora Pública e Candidata à Vereadora de Manaus com Foco na Proteção Social e Defesa dos Mais Vulneráveis

Carol Braz, candidata à vereadora de Manaus pelo MDB (número 15888), traz em sua trajetória uma sólida atuação em defesa dos direitos dos mais...
spot_imgspot_img