Em entrevista, ex-juíza e defensora pública explicou porque largou a toga para ser defensora e hoje almeja vaga na CMM
Após anos de estudo, a então defensora pública Carol Braz chegava à magistratura, o ápice da carreira para muitos profissionais do direito. Apesar disso, algum tempo depois, a jovem juíza entendeu que seu perfil de trabalho não condizia com o ofício: ela queria atuar na prevenção das causas dos problemas sociais, e no combate às consequências consequências.
Buscando um maior impacto e transformação social, como ela mesma diz, optou por voltar à Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM). Ali ela poderia “ficar mais perto do povo”.
“Eu vi que como juíza, eu não tinha o poder de transformar a vida das pessoas”, disse ela, em entrevista ao programa do apresentador Iomar Japonês, na rádio “A Voz das Comunidades”.
“Já fui juíza da violência doméstica, atendi muitas mulheres vítimas de violência, fui defensora pública (do Núcleo) da mulher, sei das dificuldades que a mulher encontra, e percebo que muitas vezes a Justiça não é suficiente para transformar e melhorar a vida dessas mulheres”, continuou Carol.
“Mesmo que eu prendesse um agressor, eu não mudava a vida daquela mulher, que precisa de uma creche para colocar seus filhos, de cursos de capacitação, que precisa ingressar no mercado de trabalho”, disse ela, que defende, entre outras pautas, políticas públicas que incentivem a independência financeira da mulher.
“Eu voltei pra Defensoria Pública para fazer projetos sociais”, concluiu Carol, que coordenou o Núcleo de Proteção e Defesa da Mulher (Nudem). O Nudem da DPE-AM foi responsável por projetos como o das Defensoras Populares, um curso de educação em direitos que capacitou 1500 mulheres em todo o estado.
Hoje, ela sonha em ampliar impacto social dos seus projetos e a agora almeja uma vaga na Câmara de Vereadores de Manaus pelo Movimento Democrático do Brasil (MDB).
Projetos
Um dos projetos citados por Carol diz respeito à necessidade de ampliação da oferta de vagas públicas em creches particulares por parte da Prefeitura.
“Queremos que, onde não houver vagas para creches públicas, que o município pague uma creche numa rede privada. Isso já existe. Não é algo que eu estou inventando”, afirmou Carol.
A pré-candidata discutiu ainda outras iniciativas, como a abertura de escolas nos fins de semana para recreação e cursos de capacitação para jovens e adultos e, ainda, parcerias que promovam a empregabilidade de mães atípicas (que têm filhos PcDs).
“A gente vai ampliar um trabalho que a gente já vem fazendo como defensora. Eu querp que esse trabalho possa chegar a mais pessoas. Pra que a gente possa mudar, transformar e melhorar a vida de mais pessoas”, afirmou.
A entrevista completa pode ser acessada no link:
https://www.facebook.com/radiocomunitariaavozdascomunidades87.9fm/videos/860222166152464