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quinta-feira, dezembro 5, 2024
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Crise política e governo impopular: o que levou o presidente da Coreia do Sul a decretar lei marcial

O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, decretou nesta terça-feira (3) uma lei marcial restringindo direitos civis e substituindo a legislação padrão por leis militares. A medida, no entanto, gerou uma série de reações negativas e durou cerca de seis horas.

O presidente anunciou que iria revogar o decreto após os deputados fazerem uma votação de emergência para rejeitar a medida.

O decreto de uma lei marcial foi feito em um contexto de baixa aprovação do presidente Yoon Suk Yeol e de troca de farpas entre o governo e a Assembleia Nacional — que é controlada pela oposição. Além disso, a Coreia do Sul e a Coreia do Norte vivem uma escalada de tensões militares.

O anúncio da lei marcial pegou os sul-coreanos de surpresa e expôs a crise política do país, que vem se agravando nos últimos meses.

Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, durante pronunciamento em novembro de 2024. — Foto: Kim Hong-Ji/ Pool via AP
Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, durante pronunciamento em novembro de 2024. — Foto: Kim Hong-Ji/ Pool via AP

Ao anunciar a lei marcial, o presidente Yoon argumentou que queria “limpar” o país de aliados da Coreia do Norte e fez críticas à oposição. “Declaro lei marcial para proteger a livre República da Coreia da ameaça das forças comunistas norte-coreanas”, disse.

Veja a seguir um resumo do que aconteceu:

  • Com a aplicação da lei, todas as atividades políticas, incluindo manifestações, foram proibidas.
  • O acesso à Assembleia Nacional foi fechado, e forças especiais da polícia foram enviadas para conter manifestantes. A imprensa também passou a ser controlada pelo governo.
  • A oposição acusou o presidente de estar usando o conflito com a Coreia do Norte para controlar a Assembleia Nacional. Atualmente, a grande maioria dos parlamentares se opõe ao governo de Yoon.
  • Mesmo com a Assembleia fechada, os deputados conseguiram entrar no edifício e fizeram uma sessão de emergência na qual declararam a lei marcial inválida.
  • A medida do presidente também causou reações negativas dentro do próprio governo.
  • Milhares de sul-coreanos foram às ruas para uma manifestação contra a medida.
  • Yoon anunciou que iria revogar a lei após a votação dos deputados.
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Amazonas Repórter

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