Em relaĆ§Ć£o ao trimestre anterior, houve reduĆ§Ć£o de 0,3 ponto percentual (8,6%) na taxa de desocupaĆ§Ć£o. Instituto diz que recuo foi mais influenciado pela queda do nĆŗmero de pessoas procurando trabalho do que por aumento expressivo de trabalhadores.
A taxa de desemprego no Brasil foi de 8,3% no trimestre mĆ³vel terminado em maio, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de DomicĆlios (PNAD) ContĆnua, divulgada nesta sexta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e EstatĆstica (IBGE).
Ć o melhor resultado para a taxa de desemprego neste trimestre desde 2015, quando tambĆ©m fechou em 8,3%. Em relaĆ§Ć£o ao trimestre imediatamente anterior, entre dezembro e fevereiro, o perĆodo traz reduĆ§Ć£o de 0,3 ponto percentual (8,6%) na taxa de desocupaĆ§Ć£o. No mesmo trimestre de 2022, a taxa era de 9,8%.
Com isso, o nĆŗmero absoluto de desocupados teve baixa de 3% contra o trimestre anterior, chegando a 8,9 milhƵes de pessoas. SĆ£o 279 mil pessoas a menos no contingente de desocupados, comparado o Ćŗltimo trimestre do ano passado. Em relaĆ§Ć£o ao mesmo perĆodo de 2022, o recuo Ć© de 15,9%, ou 1,7 milhĆ£o de trabalhadores.
JĆ” o total de pessoas ocupadas ficou estĆ”vel contra o trimestre anterior, passando para 98,4 milhƵes de brasileiros. Na comparaĆ§Ć£o anual, houve crescimento de 0,9%, somando 884 mil pessoas ao grupo.
āEsse recuo no trimestre foi mais influenciado pela queda do nĆŗmero de pessoas procurando trabalho do que por aumento expressivo de trabalhadores. Foi a menor pressĆ£o no mercado de trabalho que provocou a reduĆ§Ć£o na taxa de desocupaĆ§Ć£oā, diz Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de DomicĆlio.
Segundo o IBGE, a populaĆ§Ć£o fora da forƧa de trabalho cresceu 0,6% ante o trimestre anterior e 3,6% versus o ano passado, chegando a 67,1 milhƵes de pessoas. Isso significa 382 mil pessoas a mais no trimestre e 2,3 milhƵes no ano.
A populaĆ§Ć£o na forƧa de trabalho, por sua vez, terminou o trimestre com 107,3 milhƵes de pessoas. Ć um resultado estĆ”vel no trimestre e de queda de 0,7% na comparaĆ§Ć£o anual.
Veja os destaques da pesquisa
- Taxa de desocupaĆ§Ć£o: 8,3%
- PopulaĆ§Ć£o desocupada: 8,9 milhƵes de pessoas
- PopulaĆ§Ć£o ocupada: 98,4 milhƵes
- PopulaĆ§Ć£o fora da forƧa de trabalho: 67,1 milhƵes
- PopulaĆ§Ć£o desalentada: 3,7 milhƵes
- Empregados com carteira assinada: 36,8 milhƵes
- Empregados sem carteira assinada: 12,9 milhƵes
- Trabalhadores por conta prĆ³pria: 25,2 milhƵes
- Trabalhadores domƩsticos: 5,7 milhƵes
- Trabalhadores informais: 38,3 milhƵes
- Taxa de informalidade: 38,9%
AdministraĆ§Ć£o pĆŗblica em expansĆ£o
O setor de administraĆ§Ć£o pĆŗblica foi o mais relevante no ganho de trabalhadores. Quem mais contribuiu para o crescimento de 2,5% no trimestre (o equivalente a 429 mil pessoas) foi o segmento de educaĆ§Ć£o.
O IBGE ainda aponta altas anuais relevantes em Transporte, armazenagem e correio (4,2%, ou mais 216 mil pessoas), InformaĆ§Ć£o, ComunicaĆ§Ć£o e Atividades Financeiras, ImobiliĆ”rias, Profissionais e Administrativas (3,8%, ou mais 440 mil pessoas) e AdministraĆ§Ć£o pĆŗblica, defesa, seguridade social, educaĆ§Ć£o, saĆŗde humana e serviƧos sociais (4,5%, ou mais 764 mil pessoas).
Na ponta oposta, o trimestre registrou queda no nĆŗmero de trabalhadores na Agricultura, pecuĆ”ria, produĆ§Ć£o florestal, pesca e aquicultura. Houve baixa de 1,9%, ou 158 mil pessoas. No ano, a reduĆ§Ć£o no grupamento foi de 6,2%, ou menos 542 mil pessoas. A ConstruĆ§Ć£o tambĆ©m tem queda importante no ano, de 3,7% (274 mil pessoas).
Rendimento segue estƔvel
O rendimento real habitual ficou estƔvel frente ao trimestre anterior em R$ 2.901. No ano, o crescimento foi de 6,6%.
JĆ” a massa de rendimento real habitual foi estimada em R$ 280,9 bilhƵes. O resultado tambĆ©m ficou estĆ”vel frente ao trimestre anterior, mas cresceu 7,9% na comparaĆ§Ć£o anual.