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Deserto na Arábia já foi um local verde e cheio de rios, diz estudo

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A Arábia onde hoje há areia e pedras já teve uma paisagem tomada por rios e lagos, que foi esculpida por fortes chuvas.

Deserto Rub' al-Khali com um oasis
(Imagem: Hyserb / Shutterstock)

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Os desertos da Península Arábica já passaram por repetidos momentos verdejantes. Uma dessas eras foi um período de grandes chuvas há 9 mil anos, que resultou na formação de rios e lagos onde hoje só há areia e pedras. Uma nova pesquisa mostrou que as paisagens do Rub’ al-Khali, um dos maiores e mais secos desertos do mundo, foram moldadas por um passado cheio de corpos hídricos.

Para os cientistas, mapear com precisão como as monções africanas – chuvas intensas e sazonais – influenciaram a evolução da paisagem e a dinâmica da ocupação humana na Arábia é um desafio. Na pesquisa, a equipe utilizou dados da geologia do local para reconstruir a paisagem esculpida pela água. 

O grupo constatou que durante o ápice do Período Úmido do Holoceno, entre cerca de 11 e 8 mil anos atrás, chuvas intensas inundaram as planícies e preencheram uma depressão de aproximadamente 1.100 km². Ela acabou rompendo e esculpiu um vale profundo de cerca de 150 km de comprimento.

“A formação de paisagens lacustres e fluviais, juntamente com as condições de pastagens e savanas, teria levado à expansão de grupos de caçadores e coletores e de populações pastoris no que hoje é um deserto seco e árido”, disse o professor Michael Petraglia da Universidade Griffith, em um comunicado

Mapa da Arábia destacando as localizações dos registros paleohidrológicos do Período Úmido do Holoceno e os principais sítios arqueológicos
Mapa da Arábia destacando as localizações dos registros paleohidrológicos do Período Úmido do Holoceno e os principais sítios arqueológicos. (Imagem: Abdallah S. Zaki et al.)

Arábia tinha chuvas mais fortes do que se pensava

A análise de depósitos sedimentares de rios e da chuva indicou que essas partículas viajaram por distâncias de até 1000 km, vindos das Montanhas de Asir. 

Os resultados desafiam a visão convencional da comunidade cientifica de que após as chuvas a paisagem se estabilizou de forma simples. A equipe examinou o relevo e seus componentes para demonstrar que a monção africana foi forte e persistente para esculpir de forma drástica o relevo, levando sedimentos por centenas de quilômetros e gerando um grande vale.

Após um período verdejante, o local começou a secar. “Há 6.000 anos, o Rub’ al-Khali sofreu um forte declínio nas chuvas, o que pode ter criado condições secas e áridas, forçando as populações a se mudarem para ambientes mais hospitaleiros e mudando o estilo de vida dos agrupamentos nômades”, conclui o professor Petraglia.


Samuel Amaral de Oliveira

Samuel Amaral de Oliveira é redator(a) no Olhar Digital

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.


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Fonte: Olhar Digital

Amazonas Repórter

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