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Espetáculo ‘A Ilha Profana do Cantagalo’, do Grupo Jurubebas de Teatro, recebe o apoio do Rumos Itaú Cultural

Uma criança se torna um “encantado” após descobrir que sua avó é uma rasga mortalha, lenda do folclore amazônico ligada à morte. Este é o enredo do espetáculo “A Ilha Profana do Cantagalo”, que estreia no dia 10 de junho, às 19h30, no Buia Teatro Company (Rua Dona Libânia, 300 – Centro), com entrada franca. O projeto foi contemplado pelo Rumos Itaú Cultural 2023-2024.

A trama envolve fauna e flora regionais, e busca levar ao espectador um olhar sensível e humano aos seres encantados do imaginário popular. A obra também reflete sobre mitos e lendas da floresta em sua abordagem sociopolítica da região do rio Madeira, trazendo à luz mistérios dos desaparecimentos que ocorrem no meio do rio.

A narrativa incorpora, na cena, corpos dissidentes que mergulharam no universo mítico e simbólico do rio Madeira, na comunidade ribeirinha do Acará, a 208 km de distância da capital amazonense. Foram 10 dias de pesquisa “in loco” com o elenco e os moradores da cidade de Borba e residentes da comunidade, liderada pelo mestre gambazeiro Antônio Miguel.

A peça tem direção geral e dramaturgia assinadas por Felipe Maya Jatobá. “‘A Ilha Profana do Cantagalo’ é um mergulho em um Brasil profundo, em uma Amazônia pouco conhecida. Vivenciamos os principais problemas enfrentados pela comunidade, mas aprendendo com eles que a melhor forma de lidar com as dificuldades é acreditando no território, cantando o dia de amanhã e respeitando os seres de encantaria.”, diz Felipe.

Jean Palladino assina a direção de atores. Bacharel em teatro pela Universidade do Estado do Amazonas, é pesquisador em palhaçaria negra na Amazônia, gestor do Casa Barravento e pesquisador na área da performance art. A obra é estrelada por Paulo Oliveira, Leandro Paz, Robert Moura e a atriz Nicka.
“Estamos falando de um território em que as águas do rio Madeira são a divisa entre o tradicional popular e a Amazônia cosmopolita. Vivenciar a realidade da comunidade e contar suas histórias é também resgatar um pouco da nossa identidade cultural”, afirma Robert Moura, ator e produtor do projeto.

O projeto conta ainda com uma criação de rede entre artistas da região Norte do Brasil, onde foram realizadas oficinas de Gambá de Borba com o diretor musical Otávio di Borba; de ritmos afro-amazônicos com a mestra e coreógrafa Mara Pachêco e de grafismo indígena com a multiartista Thaís Kokama.
“Estamos buscando reconhecer a história e as narrativas musicais do Gambá de Borba, mas também dos artistas que ajudarão a construir um espetáculo que dialogue com a comunidade e com o público das grandes cidades, levando um pouco de como o Gambá é uma expressão artística e social das comunidades da Amazônia brasileira”, afirma Leandro Paz, ator do Grupo Jurubebas.

Sobre o Gambá

O Gambá é uma musicalidade presente em diversas cidades como Borba, Maués, Parintins, entre outros. O ritmo possui influência da musicalidade negra que, no período histórico da Cabanagem, estava no corpo e na mente dos cabanos que fugiam dos soldados do imperador do Brasil para as matas da Amazônia. Chegando ao encontro dos indígenas da etnia Mura, passaram a cantar as histórias dos povos, da comunidade e do dia a dia do rio Madeira.

É possível encontrar registros da história do Gambá na cidade de Borba, com imagens e artigos acadêmicos feitos a partir da formação pela Universidade do Estado do Amazonas nas graduações de Música e Dança. Porém, não há registros de como a linguagem teatral poderia ter existido. A partir desse contexto, nasce a dramaturgia de “A Ilha Profana do Cantagalo”, trazendo essas crônicas cotidianas sob a perspectiva da principal lenda da região: os encantados que viram camaleões e ficam na orla da cidade.

▪ SINOPSE DO ESPETÁCULO

Uma criança se “encanta” ao descobrir que sua avó é uma rasga mortalha, lenda do folclore amazônico ligada à morte. A trama que envolve fauna e flora, traz um olhar sensível e humano aos seres encantados do imaginário popular, trazendo mitos e lendas em sua abordagem sociopolítica da região do Madeira, assim como os mistérios dos desaparecimentos que ocorrem no meio do rio.

▪ SERVIÇO

Local: Buia Teatro Company, rua Dona Libania, 300 – Centro (próximo ao Teatro Amazonas);
Data: 10 de junho de 2025
Horário: 19h30
Duração: 50 minutos
Capacidade: 80 pessoas
Ingressos: Gratuitos

▪ FICHA TÉCNICA

Direção Geral e Dramaturgia – Felipe Maya Jatobá
Direção de Movimento – Talita Menezes
Direção de Arte – Henrique Dias
Direção de Elenco – Jean Palladino
Direção Musical – Otávio Di Borba
Elenco – Robert Moura, Leandro Paz, Paulo Oliveira e Nicka
Fotografias – Alonso Jr. e Márcio Oliveira
Design Gráfico – Pablo Abritta
Assessoria de Comunicação – Laynna Feitoza
Oficinas Artísticas – Thaís Kokama, Mara Pacheco e Otávio di Borba
Mestre Gambazeiro – Antônio Miguel
Produção Executiva – Robert Moura
Coord. Produção – Leandro Paz

▪ CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA

16 anos – contém violência, banalização, encenação de crime de ódio

▪ MINIBIO DOS PARTICIPANTES

Felipe Maya Jatobá
Artista não-binárie com trabalhos em Direção, Produção Cultural, Dramaturgia e Atuação. Premiade nos quesitos Atuação, Direção e Dramaturgia. Autore do livro “Amazonas Dramaturgia Vol.2” pela editora Diversa, São Paulo. Prêmio de Melhor Direção no XVI Festival de Teatro da Amazônia.

Leandro Paz
Ator, Produtor Teatral e Sonoplasta. Artista indígena da etnia Kokama e criador do projeto “Máquina de Fazer Ver”, na região do Parque Das Tribos. Ator premiado no Circuito Mineiro de Festivais de Teatro e pesquisador em musicalidade indígena.

Robert Moura
Ator, Palhaço Perna de Pau e Produtor Cultural. Bacharelando em Teatro pela Universidade do Estado do Amazonas. Realiza eventos como personagens pela Jonatas Sales Produções e desenvolve a escrita criativa através de poesias e criação de dramaturgias.

Nicka
Atriz, Produtora Teatral, Diretora Cênica e Pesquisadora. Indicada ao prêmio de Melhor Atriz no I Festival de Teatro do Tapajós, em Santarém-PA. Assistente de Direção e Diretora de Produção no Grupo Jurubebas de Teatro.

Paulo Oliveira
Ator, diretor, figurinista, produtor, e arte educador. Bacharel em Teatro e Licenciando em Teatro pela Universidade do Estado do Amazonas. Iniciou sua caminhada artística no Liceu de Artes e Ofícios Cláudio Santoro – Unidade Parintins/AM e atualmente integra o Grupo de Teatro Experimental da Universidade do Estado do Amazonas.

Otávio di Borba
Cantor, compositor, produtor musical e encenador. 30 anos de carreira na música popular amazonense integrando bandas de renome nacional como Carrapicho, Raízes Caboclas e Folclore Borbense. Mestre gambazeiro e pesquisador do ritmo afro-amazônico do Gambá de Borba.

Henrique Dias
Figurinista, Cenógrafo e Mestre-Sala do Carnaval de Manaus. Desenvolve indumentárias artísticas para eventos folclóricos e figurinos para teatro, pesquisador de vestuários de costumes e samba.

Jean Palladino
Ator, diretor, dramaturgo e gestor cultural da Casa Barravento em Manaus. Bacharel em Teatro pela Universidade do Estado do Amazonas, autor do livro “Outras Dramaturgias”. Pesquisador em palhaçaria preta na Amazônia e em performance art, integrou grupos e cias expressivas da região Norte.

 

Amazonas Repórter

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