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terça-feira, abril 15, 2025
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Glauber Braga anuncia greve de fome em protesto contra processo de cassação


Por Marianna Holanda

(Folhapress) – O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) disse que iniciou greve de fome, nesta quarta-feira (9), em protesto contra o seu processo de cassação, aberto após ele agredir o militante do MBL (Movimento Brasil Livre) Gabriel Costenaro em abril do ano passado.

Glauber e deputados do PSOL acusam o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) de ter articulado pela perda do seu mandato.

“Estou o dia inteiro em jejum e a partir de agora não vou, até o fechamento desse processo, me alimentar. Vou permanecer aqui, aguardando, com uma decisão irrevogável de que não vou ser derrotado pelo orçamento secreto. Quem imaginou que utilizaria esse episodio, que eu seria um cadáver político ou zumbi, não sabe da minha convicção”, disse.

“Quem quiser chamar de greve de fome, chame como queira, mas vou dar manutenção a uma ação de não rendição ao orçamento secreto e a Arthur Lira e companhia”, completou.

O anúncio foi feito durante tumultuada sessão do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, que analisaria a discussão do relatório favorável à perda do mandato.

A sessão se iniciou às 11h, foi acompanhada por militantes do PSOL, e a expectativa é de que pudesse ser interrompida às 16h, quando começasse a ordem do dia no plenário.

Mas, numa rara exceção, até às 18h o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), não havia iniciado os trabalhos.

O PSOL alega perseguição ao seu deputado. A líder Talíria Petrone (RJ) disse que o processo é injusto e ataca não apenas Glauber, mas toda a esquerda brasileira. E que vão recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) se for aprovado.

Glauber diz que Costernaro ofendeu sua mãe, que estava doente e morreu no mês seguinte, e que se viu obrigado a defender a honra dela.

Houve confusão no conselho quando os deputados Marcos Pollon (PL-MS) e Fábio Costa (PP-AL) apresentaram requerimento de encerramento de discussão. O ato causou reação de parlamentares aliados de Glauber.

O requerimento foi aprovado por 14 votos contra 4. Depois, Glauber fez o seu anúncio. O discurso foi acompanhado de palmas, e a deputada Luiza Erundina (PSOL-SP) pediu a todos os aliados que continuassem com ele, em solidariedade, no plenário durante este período.

O parecer do relator Paulo Magalhães (PSD-BA), no último dia 2, foi favorável à cassação do deputado do PSOL, por entender que houve quebra de decoro de Braga pela agressão e desproporcionalidade em sua reação.

Mas Paulo Magalhães concluiu pela desproporcionalidade da reação do deputado. “A violência física cometida pelo deputado em resposta à ofensa verbal perpetrada por Gabriel Costernaro foi totalmente desproporcional e, portanto, injustificada”, disse.

Processo contra deputado Glauber Braga

Para efetivar a cassação do mandato de Glauber, o processo deve ser pautado no plenário da Casa, por determinação do presidente Hugo Motta (Republicanos-PB), e aprovado pela maioria absoluta dos deputados, 257.

A defesa do deputado do PSOL chegou a pedir a suspeição do relator do caso, com base em uma reportagem publicada pelo jornal O Globo, que lembra um caso de 2001, em que o já deputado Paulo Magalhães agrediu um escritor na Câmara autor de um livro crítico ao seu tio, Antônio Carlos Magalhães.

O regimento diz que o prazo para deliberação do plenário é de 90 dias úteis. Mas, conforme reforçaram os deputados aliados de Glauber no Conselho de Ética, o pedido de cassação do deputado Chiquinho Brazão (Sem partido-RJ) está pronto para ser votado no plenário desde agosto do ano passado. Ele é acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ).

A sessão foi acompanhada de militantes do PSOL e apoiadores do deputado -nem todos couberam no conselho e ficavam nos corredores das comissões gritando “Glauber fica”. O ator Marco Nanini também acompanhou a sessão, em apoio ao parlamentar.

Na semana passada, quando foi apresentado o parecer do relator, a votação foi interrompida por um pedido de vista do deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), aliado de Glauber.

No ano passado, Glauber abriu mão de testemunhas no processo do conselho. À época, justificou suas decisões dizendo que a situação passou dos limites. Ele afirmou que se emocionou com a oitiva da colega parlamentar Luiza Erundina (PSOL-SP) ao conselho.

“Se hoje me emocionei de maneira profunda com ela no Conselho de Ética, eu não queria, nesse momento, estar decepcionando a deputada Luiza Erundina. Mas tudo tem um limite. E esse processo que se arrasta durante todo esse tempo para mim já foi o suficiente”, disse.



Fonte: ICL Notícias

Amazonas Repórter

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