O governo Lula (PT) indicou, nesta quinta-feira 27, o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega para ocupar uma vaga no conselho fiscal da Eletrobras.
Para o conselho de administração, o Palácio do Planalto indicou Maurício Tolmasquim, diretor de transição energética da Petrobras, e os ex-ministros Silas Rondeau e Nelson Hubner, ambos da Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional.
As indicações entrarão em análise em uma assembleia-geral ordinária da Eletrobras marcada para 27 de abril.
O Planalto formalizou as escolhas um dia após a assinatura de um acordo que amplia o poder da União na companhia. O arranjo abriu caminho para que o governo tenha mais duas cadeiras no conselho de administração e uma vaga no conselho fiscal. A decisão ainda precisa ser avalizada pelos acionistas e pelo Supremo Tribunal Federal.
A ex-estatal, privatizada no governo de Jair Bolsonaro (PL), era alvo de disputa entre a gestão Lula e os acionistas há pelo menos dois anos. Com a privatização, a União perdeu o controle da Eletrobras por meio da emissão de novas ações para a iniciativa privada. Manteve, no entanto, uma participação de 40% na companhia.
A briga girava em torno de uma uma regra criada para a venda, que impedia qualquer acionista de exercer mais de 10% dos votos, independentemente da quantidade de ações.
O governo questionava a norma, já que a restrição limitava sua influência sobre decisões estratégicas, mesmo com um percentual elevado de ações. O acordo firmado também prevê a suspensão da obrigação de investimento na Eletronuclear, que opera e constrói usinas termonucleares.
Por: Carta Capital