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Maior estrutura do Universo pode ser ainda maior

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A Grande Muralha Hércules-Corona Borealis é a maior estrutura cósmica já registrada, estendendo-se por uma vasta região do Universo observável. Se seu tamanho já era incompreensível, a situação ficou ainda mais complexa agora que dados de Explosões de Raios Gama (GRBs) sugerem que a muralha pode ser ainda maior do que se imaginava.

Localizada nas regiões celestes entre as constelações de Hércules e Corona Borealis (o que explica seu nome), essa colossal rede cósmica é composta por milhares de aglomerados de galáxias interconectados por enormes filamentos de matéria escura e gases interestelares. Sua extensão é estimada em mais de 10 bilhões de anos-luz.

A descoberta da muralha em 2014 foi possível graças ao projeto SDSS (Sloan Digital Sky Survey), que mapeou cuidadosamente o céu e identificou milhares de galáxias, aglomerados e filamentos de matéria escura. Foi durante o SDSS que os astrônomos começaram a perceber a presença dessa gigantesca estrutura no cosmos.

A mesma equipe que detectou o objeto há mais de 10 anos agora foi responsável por medir seu tamanho com a maior precisão já alcançada. Os pesquisadores descobriram que ela se estende por uma faixa radial maior do que a calculada anteriormente. Antes desse estudo, os cientistas não sabiam que algumas explosões de raios gama próximas também faziam parte dessa estrutura colossal.

“Como a extensão mais distante da Grande Muralha Hércules-Corona Borealis é difícil de verificar, a descoberta mais interessante é que suas partes mais próximas estão mais próximas de nós do que havia sido identificado anteriormente”, disse Jon Hakkila, da Universidade do Alabama em Huntsville e um dos líderes do estudo, ao Space.com.

Galáxia
Exemplo de galáxia (Imagem: ESA/Hubble & NASA)

Grande Muralha Hércules-Corona Borealis é a maior estrutura já vista

Para entender a imensidão dessa estrutura, é preciso considerar que a distância entre a Terra e a galáxia vizinha mais próxima, Andrômeda, é de cerca de 2,5 milhões de anos-luz. Isso significa que a Grande Muralha Hércules-Corona Borealis se estende por uma região mais de 4.000 vezes maior do que essa distância.

“Nossa amostra de explosões de raios gama não é grande o suficiente para estabelecer limites superiores mais precisos para o tamanho máximo da Grande Muralha Hércules-Corona Borealis do que já temos”, disse Hakkila. “Mas ela provavelmente se estende além dos 10 bilhões de anos-luz que havíamos identificado anteriormente. É maior do que quase tudo com que possa ser comparada.”

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Entendendo as GRBs

As GRBs de longa duração são explosões de raios gama de alta energia com duração superior a dois segundos, originadas do colapso do núcleo de estrelas massivas. Já as GRBs de curta duração resultam da colisão e fusão de dois remanescentes estelares ultradensos, como estrelas de nêutrons, em sistemas binários.

“Em ambos os casos, as tremendas energias produzidas pelo colapso do sistema estelar são ejetadas na forma de jatos de partículas relativísticas. Longe da origem do jato, as partículas interagem para produzir raios gama e raios X”, explicou Hakkila. “As explosões de raios gama podem ser detectadas a distâncias incrivelmente grandes porque são extremamente luminosas.”

Para determinar o novo tamanho da Grande Muralha Hércules-Corona Borealis, os cientistas usaram um banco de dados de GRBs coletadas pelo Telescópio Espacial de Raios Gama Fermi da NASA até 2018. “Foram necessários anos de observação para compilar uma amostra desse tamanho, utilizando dados principalmente do Fermi e do Swift, que foram fundamentais para construir esse conjunto de dados sem precedentes”, destacou Hakkila. Uma versão pré-revisada por pares da pesquisa da equipe aparece no site de repositório de artigos arXiv.

Agora, os cientistas planejam aumentar o número de observações na tentativa de obter uma estimativa mais precisa do tamanho da maior estrutura cósmica já registrada. Para isso, o THESEUS, uma missão proposta pela ESA e projetada para revolucionar os estudos de GRBs, será essencial.


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Fonte: Olhar Digital

Amazonas Repórter

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