GOVERNO FEDERALspot_imgspot_img
27.3 C
Manaus
terça-feira, abril 8, 2025
GOVERNO FEDERALspot_imgspot_img

Manifestantes se reúnem na Paulista, e Bolsonaro se encontra com 7 governadores


Por Juliana Arreguy, Victória Cocólo e Fábio Zanin

(Folhapress) – Convocados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), manifestantes se reuniram na avenida Paulista, em São Paulo, na tarde do domingo (6), para pressionar por anistia aos envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023.

O ato em São Paulo convocado por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a favor de anistia a quem participou de atos e ações golpistas entre outubro de 2022 e 8 de janeiro de 2023 reuniu 44,9 mil pessoas, neste domingo (6), na avenida Paulista. Os números são do Monitor do Debate Político, que antes estava ancorado apenas na Universidade de São Paulo e, agora, também está no Cebrap. A contagem foi feita no momento de pico da manifestação, às 15h44, a partir de fotos aéreas analisadas com software de inteligência artificial.

Bolsonaro pediu anistia aos presos do 8 de janeiro

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu anistia aos envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023 durante ato na tarde deste domingo (6), na avenida Paulista, em São Paulo. Ele chamou ao trio elétrico a mãe e a irmã de Débora Rodrigues, cabeleireira que ficou presa por dois anos depois de ter pichado a estátua da Justiça nos ataques do 8 de janeiro. Débora, ré acusada de tentativa de golpe de Estado, está em prisão domiciliar há dez dias.

“Não tenho adjetivo para qualificar quem condena uma mãe de dois filhos a uma pena não tão absurda por um crime que ela não cometeu. Só um psicopata para falar que aquilo que aconteceu no dia 8 de janeiro foi uma tentativa armada de golpe”, disse.

Bolsonaro

Michelle e Jair Bolsonaro no ato pela anistia na Paulista (Foto: Reprodução)

Ele chamou ainda de “suplício” a situação da acusada e reclamou de penas “a pessoas humildes, por um crime impossível”. Bolsonaro falou em inglês em um breve trecho do discurso, citando os casos de um pipoqueiro e de um sorveteiro alvos de processo.

Depois, acusou o Judiciário de beneficiar o hoje presidente Lula na campanha de 2022, chamando de “mão pesada”. O discurso durou cerca de 25 minutos. “Se eu estivesse no Brasil, seria preso na noite de 8 de janeiro [de 2023]”, disse ele.

Afirmou também: “Se acham que vou desistir e fugir, estão enganados. Defender minha pátria com o sacrifício da minha vida. O que os canalhas querem não é me prender de verdade, é me matar. Eu sou um espinho na garganta deles. Mostrei a eles que o Brasil tem jeito. Um caipira do Vale do Ribeira chegou na Presidência. Só Deus explica como”.

O ato deste domingo reuniu mais autoridades do que o realizado em Copacabana e contou com a participação de sete governadores: Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Romeu Zema (Novo-MG), Ratinho Jr (PSD-PR), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), Jorginho Mello (PL-SC), Mauro Mendes (União-MT) e Wilson Lima (União-AM). No Rio, apenas Tarcísio, Castro, Jorginho e Mendes participaram.

Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro com os sete governadores que compareceram ao ato em São Paulo (Foto: Redes sociais)

Bolsonaro acenou a Caiado, dizendo que o aliado também foi condenado a inelegibilidade —a decisão foi em primeira instância e cabe recurso. Disse que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) terá um perfil “de isenção e poderemos confiar na decisão do ano que vem”, em uma referência à presidência de Kassio Nunes Marques, indicado pelo ex-presidente ao STF.

Michelle levou representante de religiões de matriz africana

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) atacou o STF (Supremo Tribunal Federal) em sua fala no ato por anistia que aconteceu, neste domingo (6), na avenida Paulista. Nikolas chamou o ministro Alexandre de Moraes de covarde e comparou o ministro Luís Roberto Barroso a um bandido.

“Ditadores de toga, principalmente como Alexandre de Moraes, se utilizou do dia 8 [de janeiro de 2023] para nos amedrontar. Se lascou, olha a gente aqui. Essa é a resposta para você, seu covarde”, afirmou o deputado. Em seu discurso, o deputado reforçou seu apoio a Jair Bolsonaro (PL) para as eleições de 2026.

O caso de Débora serviu de mote para o discurso da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro, no ato deste domingo. Ela mostrou seu batom para as manifestantes, pedindo que todas segurassem a maquiagem.

“O batom que representa a Débora. A nossa Débora. Uma mulher comum, cabeleireira, se torna símbolo da luta pela justiça no nosso país. Amados, nós temos sofrido desde 2018, mas sabemos a nossa missão, o nosso propósito, nós não iremos desistir”, afirmou Michelle, que reuniu no palanque diversos sacerdotes, incluindo um representante das religiões de matriz africana.

Mais cedo, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB-SP), se disse feliz em receber a manifestação em sua cidade e reforçou a pressão para que o projeto de lei sobre anistia aos golpistas seja votado e aprovado na Câmara. “Eu queria voltar a repetir: quando se tem um ato de desumanidade, surge um ato de humanidade, que é o que está acontecendo aqui”, disse Nunes.

“Eu sou do MDB. Como prefeito da maior cidade da América Latina, eu vou lutar com os deputados do meu partido para assinarem e apoiarem a anistia.”

Entre as autoridades presentes, compareceram ao palanque o senador Sergio Moro (União Brasil-PR), além de sete governadores: Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, Ratinho Jr. (PSD), do Paraná, Ronaldo Caiado (União), de Goiás, Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina, Mauro Mendes (União Brasil), de Mato Grosso, e Wilson Lima (União Brasil), do Amazonas.

Os quatro primeiros são cotados como presidenciáveis em 2026 diante do vácuo aberto pela inelegibilidade de Bolsonaro. Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, chegou a ter a presença anunciada, mas não vai comparecer.

Malafaia sobre Alto Comando do Exército: ‘Cambada de frouxos’

O pastor Silas Malafaia, organizador do evento, fez um discurso em tom exaltado, chamando Moraes de cínico e manipulador. Também criticou a imprensa, a delação do tenente-coronel Mauro Cid, as conclusões do inquérito e defendeu o ex-ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, que está preso, segundo ele, injustamente. Nesse momento, o alvo de Malafaia passou a ser o Alto Comando do Exército, em tom de cobrança.

“Cadê esses generais de quatro estrelas, do alto comando do Exército? Cambada de frouxos, cambada de covardes, cambada de omissos. Vocês não honram a farda que vestem. Não é para dar golpe, não, é para marcar posição”, afirmou.

Disse ainda que o presidente Lula (PT) é “um mentiroso contumaz”, e o público o acompanhou com xingamentos ao petista. O discurso do evangélico foi acompanhado por uma trilha sonora de suspense, como a produção de filme de mistério. “Filma aí e manda para o Alexandre de Moraes. De tanto batom que tem aqui, dá para dar um golpe no mundo.”



Fonte: ICL Notícias

Amazonas Repórter

Tudo
spot_imgspot_img

Miami Open: João Fonseca tem mal-estar e partida contra Tien é interrompida

João Fonseca teve um mal-estar durante a disputa da primeira fase do Miami Open e partida precisou ser interrompida momentaneamente, nesta quinta-feira (20). Antes...

Programa de Jovens Aprendizes do TCE-AM recebe certificado de reconhecimento em Semana Nacional de Aprendizagem no TRT-11

O Programa de Jovens Aprendizes idealizado e executado pelo Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM), via Divisão de Assistência Social (Dias), recebeu um certificado...
spot_imgspot_img
×

Participe do grupo mais interativo da Cidade de Manaus. Sejam muito bem-vindos(as)

WhatsApp Entrar no Grupo