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‘Me chamou de árabe maldita’, diz acadêmica

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Em Boletim de Ocorrência (BO), Rita Al Qamar denuncia que Rafael Souza direcionou à ela palavras de ódio (Composição: Lucas Oliveira/CENARIUM)

05 de abril de 2025

Por Jadson Lima

MANAUS (AM) – A pedagoga e mestranda na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) Rita Al Qamar denunciou à Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), nesta sexta-feira, 4, o professor e estudante do curso de Geografia instituição, identificado como Rafael Souza, por injúria, após ele xingá-la dentro do campus universitário, localizado no bairro Coroado, na Zona Sul de Manaus. O caso foi registrado na quarta-feira, 2, no Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais (IFCHS) durante um evento de campanha para a reitoria da universidade.

À CENARIUM, a vítima afirmou, neste sábado, 5, que o suspeito proferiu uma série de xingamentos de cunho racista e que outras pessoas presenciaram a ação. Em Boletim de Ocorrência (BO), o qual a reportagem teve acesso, a estudante árabe denuncia que Rafael Souza direcionou à ela palavras de ódio contra a religião e à integridade dela como mulher muçulmana. “O estudante emanou os seguintes insultos de cunho racista: ‘ árabe fedida, sua árabe fedida, vou tirar o fedor de árabe daqui, muçulmana fedorenta maldita”, diz trecho do documento. Veja:

“[Após os xingamentos] ele se distanciou, mas com a nossa indignação, ele voltou não muito próximo e atirou um vidro que eu não consegui identificar na minha direção e foi embora muito rápido com muitos xingamentos. Eu destaco que o espaço em que ele fez tudo isso estava muito movimentado. Foi na presença de vários estudantes e professores que estavam ali pelo apoio à chapa“, declarou a mestranda à CENARIUM. Ela também é integrante do Conselho Universitário da Ufam.

Ela mencionou que após o ocorrido, chegou a solicitar imagens de câmeras de segurança do circuito interno da instituição, mas até o momento não houve resposta. Rita também conversou com os agentes que estavam no local e eles reforçaram a segurança na região do evento. “Eu solicitei as imagens de segurança e conversei no momento com os guardas que estavam ali perto e eles ficaram nas proximidades muito inquietos”, disse.

A mestranda afirmou que o suspeito voltou a insultá-la por meio de mensagens em uma rede social. Após essa nova ação, ela denunciou o caso às autoridades, por volta de 12 horas dessa sexta-feira. Trecho das mensagens foram inseridas no BO e a reportagem teve acesso à integra do conteúdo. Rafael Souza começa afirmando que pode processar a vítima, caso ela continue lhe difamando, e volta a xingar Rita. Veja mensagens:

Na sequência, o estudante de Geografia diz que Rita é oportunista e chega a xingar outros estudantes da universidade, que chama de “viado imbecis que só têm maconha na cabeça” e “retardados de merd*”. Ele cita que a mensagem foi encaminhada ao centro acadêmico de Pedagogia da Ufam. Na mesma mensagem, o suspeito diz que “irá revidar” se a vítima “continuar com o drama patético”Veja mensagens:

‘Racismo religioso e xenofobia’

Além do registro de ocorrência na polícia, Rita Al Qamar também denunciou o caso ao prefeito do Campus Universitário, Milton Gomes de Oliveira Júnior, na qual mencionou “episódio de violência de gênero, racismo religioso e xenofobia”. Ela reiterou as ofensas das quais foi vítima e afirmou que os fatos descritos retratam intolerância, desrespeito, ódio e inobservância do preceito constitucional, e pediu providências.

“A situação relatada acima, retrata a intolerância, o desrespeito, o ódio e a inobservância do preceito constitucional de um estado que se configura como laico e democrático. Por compreender que há amparo legal para as medidas cabíveis, solicito providências urgentes: as imagens das câmeras de segurança desta data e horário”, diz trecho do documento. Veja:

A CENARIUM tenta contato com o estudante de Geografia para comentar o caso. Em reposta, Rafael afirmou que Rita Al Qamar o “difama e espalha mentiras” e que não o deixava participar de grupos e movimentos estudantis da universidade, lhe excluindo “totalmente em um lugar onde a democracia é um princípio”. A reportagem também pediu posicionamento da Ufam, por meio da assessoria de imprensa da instituição, sobre os fatos, e aguarda retorno.

Leia mais: Profissionais discutem sustentabilidade em evento da Ufam
Editado por Izaías Godinho

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Fonte: Agência Cenarium

Amazonas Repórter

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