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A mediana dos mais de cem analistas consultados para o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (5) pelo Banco Central, aponta redução nas projeções da inflação oficial medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), do dólar e da taxa básica de juros, a Selic, para 2025.
A projeção da inflação foi reduzida pela terceira semana seguida, ficando da seguinte forma:
- 2025: a estimativa do mercado passou de 5,55% para 5,53%. Mesmo com a redução, a expectativa continua bem acima do teto da meta perseguida pelo Banco Central, que é de 4,5%.
- 2026: a expectativa de inflação ficou estável em 4,51%.
Desde janeiro de 2025, em linha com a experiência internacional, o regime de metas de inflação passou a se referir à inflação acumulada em doze meses, apurada mês a mês, também conhecida como “meta contínua”. Todo mês, a inflação acumulada em doze meses é comparada com a meta e seu intervalo de tolerância. Antes, essa verificação era feita anualmente.
No Brasil, a meta para a inflação e o índice de preços utilizado são definidos pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) e cabe ao Banco Central adotar as medidas necessárias para alcançá-la.
O centro da meta perseguida pelo BC é de 3% – e será considerado cumprido se a inflação oscilar entre 1,5% e 4,5%.
O instrumento utilizado pelo BC para atingir a meta é a taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 14,25% ao ano.
Veja outras estimativas previstas no Boletim Focus
PIB (Produto Interno Bruto)
- 2025: a mediana do mercado financeiro mostra projeção de crescimento da economia brasileira estável em 2%.
- 2026: a previsão de alta do PIB do mercado financeiro continuou em 1,70%.
Taxa básica de juros (Selic)
- 2025: a mediana dos analistas consultados mostra recuo de 15% para 14,75% ao ano na taxa Selic. Nesta terça-feira (6), o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central inicia sua reunião e, na quarta-feira (7), deve anunciar alta de 0,25 ponto percentual na taxa, que passará a 14,75% ao ano.
- 2026: o mercado financeiro manteve a projeção em 12,50% ao ano.
Dólar
- 2025: a mediana das projeções caiu de R$ 5,90 para R$ 5,86.
- 2026: a estimativa recuou de R$ 5,95 para R$ 5,91.
Balança comercial
- 2025: para o superávit da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção ficou estável em US$ 75 bilhões.
- 2026: a expectativa caiu de US$ 79,4 bilhões para US$ 78,6 bilhões de superávit.
Investimento estrangeiro direto
- 2025: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano continuou em US$ 70 bilhões.
- 2026: a estimativa de ingresso permaneceu inalterada também em US$ 70 bilhões.
Fonte: ICL Notícias