Apesar da proibição de funcionamento no Brasil determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a plataforma de redes sociais X, de Elon Musk, está sendo acessada em aplicativos de celulares das três maiores operadoras do país, Claro, Vivo e Tim.
Muitos usuários relatam conseguir ler e publicar textos no X, sem poder visualizar as imagens, desde a manhã desta quarta-feira (18). Em alguns celulares, é possível, ainda, visualizar imagens e até vídeos são carregados normalmente.
Na última sexta-feira (13), o ministro Alexandre de Moraes determinou a transferência de R$ 18,3 milhões do X e da Starlink para os cofres da União. A decisão, na prática, quitou multas acumuladas pela empresa de Musk aplicadas pelo governo brasileiro.
No entanto, o X deveria continuar suspenso no Brasil, já que o STF não expediu nenhuma ordem para reestabelecer o serviço por aqui. A plataforma ainda tem pendências com o Supremo, como o descumprimento da ordem para que o X bloqueasse canais, perfis e contas indicados por Moraes.
O ICL Notícias procurou as operadoras de telefonia para que expliquem o que está acontecendo e aguarda resposta.
Também foi feito contato com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A resposta foi que “não houve alteração da decisão” do STF. A agência diz que vai verificar os casos informados.
O ICL Notícias também procurou o STF e espera retorno sobre se houve alguma mudança no bloqueio da plataforma X. Nos bastidores, a possibilidade de acesso à rede social de Elon Musk é atribuída apenas a uma “instabilidade técnica” no bloqueio.
Proibição de funcionamento do X começou no dia 31
A rede social X, antigo Twitter está bloqueada no território brasileiro desde o início da manhã do dia 31 de agosto. A partir dali, usuários de algumas operadoras de telefonia celular relataram não conseguir mais acessar a plataforma.
O bloqueio na internet do país se dá em cumprimento à decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que determinou na sexta-feira (30) a suspensão do X no Brasil. A medida foi tomada após descumprimento ao prazo de 24 horas dado pelo ministro ao bilionário Elon Musk, dono da plataforma, para indicar um representante legal do X no país.
A decisão de Moraes foi ferendada em plenário pelos outros 10 ministros do Supremo.