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Mpox: especialista alerta que apesar de baixa letalidade, doença precisa de atenção



Lesões causadas pelo Mpox (Airdone/iStock)

05 de maio de 2025

Ana Pastana – Da Cenarium

MANAUS (AM) – Recentemente, casos de Monkeypox ou Mpox, como é conhecido o vírus do gênero Orthopoxvirus, ganharam repercussão nas redes sociais e internautas demonstraram preocupação com a infecção da doença, que tem como um dos principais sintomas lesões na pele. À CENARIUM, especialista reforçou que a letalidade da doença é baixa, mas é necessário cuidado.

A Mpox é uma doença viral transmitida por contato direto com lesões de pele, secreções respiratórias, fluidos corporais ou objetos contaminados. Os principais sintomas incluem febre, cansaço extremo e lesões na pele. A orientação é que, ao identificar sintomas suspeitos, a pessoa procure a unidade de saúde mais próxima e siga as recomendações médicas, incluindo o isolamento, para evitar a disseminação do vírus.

No final de abril, o cantor paraense Gutto Xibatada morreu após complicações da Mpox, tornando-se o segundo óbito devido a complicações da doença neste ano, no Pará. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), todos os óbitos tinham diagnóstico de Mpox, mas também apresentavam comorbidades, o que aumenta o risco de gravidade da doença. Foram registrados 19 casos de Mpox no Pará, de 1° de janeiro de 2025 a 23 de abril.

O cantor Gutto Xibatada (Reprodução/Instagram)

O infectologista Nelson Barbosa afirmou à CENARIUM que o vírus tem cura e explicou sobre a baixa letalidade da doença, mas reafirmou que é necessário tomar cuidado para não haver complicações que levem ao óbito.

“A doença precisa de cuidados porque as lesões podem propiciar a infecção, a colonização por bactérias. Então, na verdade, [a pessoa] não vai morrer de Mpox, porque a mortalidade do vírus varia de 1% a 10%, mas, se a pessoa adquirir infecção através dessas lesões, o risco de morrer é muito grande”, disse o especialista.

No Amazonas, de acordo com o boletim divulgado pela Fundação de Vigilância em Saúde do Estado Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), na última quarta-feira, 30, o Estado amazonense registrou 33 casos confirmados da doença. No período de 1° de janeiro a 30 de abril desde ano, foram 63 notificações, sendo 33 casos confirmados, todos do sexo masculino, e 29 descartados. Não há registros de óbitos pela doença.

Ainda de acordo com a FVS-RCP, a circulação do vírus no Estado foi registrada em 2023 e, desde então, são realizadas investigações de casos suspeitos da doença. A fundação afirma que, em 2025, registrou uma redução de 56% em casos de Mpox na região, em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Mantemos a vigilância constante e integrada com os municípios do Amazonas, visando à resposta oportuna frente a qualquer agravo à saúde pública”, destacou a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim.

Lesões causadas pela Mpox (Reprodução/Getty Images)
Transmissão

De acordo com o Dr. Nelson, além do contato direto com as lesões na pele, secreções corporais ou gotículas respiratórias de uma pessoa infectada, objetos como roupas de cama e toalhas, e o contato com animais silvestres que podem portar o vírus também são meios de contaminação. A pessoa que contrair o vírus pode levar de dois a 21 dias para desenvolver as lesões na pele.

O período de incubação da Mpox é justamente do dia em que a pessoa teve contato com alguma pessoa doente até desenvolver as lesões. Isso pode variar de dois a 21 dias. Na fase inicial, ocorre febre, dor muscular, dor de cabeça, adenopatia [inchaços], que aparecem principalmente no pescoço, nas axilas e na genitália. Após um a dois dias, surgem umas manchas que depois se transformam em pápulas [lesões pequenas na pele]. As lesões podem durar de duas até quatro semanas”, explicou Barbosa.

Vacina

Há vacina contra o vírus existe no Brasil, entretanto, não é fabricada em grande escala. “Ela está sendo restrita a um público-alvo como as pessoas que convivem com HIV [Vírus de Imunodeficiência Humana] e Aids, pessoas que têm alguma deficiência imunológica e profissionais de saúde que lidam com essas pessoas, que atendem essas pessoas [infectadas]“, disse Nelson Barbosa.

Prevenção

A FVS-RCP recomenda que, para reduzir o risco de infecção do vírus, é preciso evitar o contato direto com lesões de pele, erupções cutâneas, crostas ou fluidos corporais de pessoas infectadas; lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou utilizar álcool em gel, especialmente após tocar superfícies compartilhadas ou em locais públicos; praticar sexo seguro utilizando preservativo e estar atento a sinais suspeitos em si mesmo ou no parceiro(a).

Também é necessário manter a etiqueta respiratória, cobrindo a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, para evitar a disseminação de partículas virais, e usar máscaras de proteção respiratória em ambientes com alta probabilidade de transmissão, como locais fechados e mal ventilados, mantendo sempre a higiene pessoal de forma rigorosa.

Ao identificar os sintomas suspeitos, a fundação recomenda que a pessoa deve procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e seguir as recomendações médicas, incluindo o isolamento para evitar a disseminação do vírus. Em casos suspeitos, os pacientes são encaminhadas às unidades de referência para a realização de coleta de amostras.

Gestantes, crianças e pacientes com lesões graves devem ser encaminhados à Fundação de Medicina Tropical – Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), em Manaus.

Editado por Marcela Leiros
Revisado por Gustavo Gilona



Fonte: Agência Cenarium

Amazonas Repórter

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