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segunda-feira, março 31, 2025
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Mundo protesta contra tarifas aos automóveis anunciadas por Trump


Por AFP

As tarifas de 25% anunciadas pelo presidente americano, Donald Trump, sobre todos os veículos e seus componentes “não fabricados nos Estados Unidos” provocaram indignação entre seus aliados e quedas no mercado de ações das montadoras nesta quinta-feira (27).

As novas tarifas entrarão em vigor em 3 de abril e serão impostas a carros e caminhões leves importados, disse Trump.

O objetivo é pressionar as empresas a fabricar nos Estados Unidos.

México e Canadá, seus parceiros no Tratado de Livre Comércio da América do Norte (T-MEC), são muito afetados, assim como Alemanha, Coreia do Sul e Japão.

Tarifas de Trump

Um dos assessores de Trump explicou que essas tarifas serão adicionadas às taxas pré-existentes (geralmente de 2,5%), o que significa que os carros importados serão taxados em 27,5% do seu valor.

No caso dos veículos elétricos chineses, que foram taxados em 100% desde agosto, os impostos alfandegários aumentarão para 125%.

O projeto inclui uma exceção: veículos montados no México ou no Canadá estarão sujeitos a um imposto de 25% apenas sobre a parcela de peças de reposição não originárias dos Estados Unidos.

O México envia mais de 80% de suas exportações para os Estados Unidos por meio do T-MEC, que foi assinado durante o primeiro mandato de Trump, de 2017 a 2021.

Trump

Novas tarifas entrarão em vigor em 3 de abril e serão impostas a carros e caminhões leves importados, segundo Trump.

Vários analistas alertaram que, se tarifas forem impostas, a economia mexicana, a segunda maior da América Latina, depois do Brasil, poderá entrar em recessão.

De fato, 50% dos veículos vendidos nos Estados Unidos são fabricados no exterior e componentes importados são usados em metade dos veículos montados no país, de acordo com o assessor comercial de Trump, Peter Navarro.

México e Canadá também estão sob ameaça de tarifas sobre todos os seus produtos quando a extensão de um mês, concedida pelo presidente republicano para incitá-los a intensificar sua luta contra a imigração ilegal e o tráfico de fentanil, expirar em 2 de abril.

O anúncio desencadeou quedas acentuadas nas bolsas europeias e asiáticas, com empresas como Toyota, Hyundai e Mercedes liderando os prejuízos.

Na abertura de Wall Street, a General Motors caiu quase 8%, a Ford perdeu 1,71% e a Stellantis 3,60%.

“Resposta abrangente”

O México afirmou, nesta quinta-feira, que fornecerá uma “resposta abrangente” às tarifas anunciadas em 3 de abril e buscará “tratamento preferencial”.

A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, insistiu que o T-MEC impede as tarifas, pois essa é “a essência do acordo comercial”, mas deixou a porta aberta para negociação.

Vários países analisam respostas às tarifas, incluindo França, Canadá, Alemanha e Japão.

Trump ameaçou o Canadá e a União Europeia com “tarifas em larga escala, maiores do que as já planejadas” se trabalharem juntos “para causar danos econômicos aos Estados Unidos”.

As novas medidas também preocuparam as montadoras americanas, incluindo seu assessor e CEO da Tesla, Elon Musk.

“Para ser claro, isso afetará o preço das peças de carros Tesla vindas de outros países. O impacto no custo não é trivial”, escreveu o homem mais rico do mundo no X.

A Associação Americana de Fabricantes de Automóveis pediu que as tarifas sejam implementadas “de uma forma que evite aumentos de preços para os consumidores” e “proteja a competitividade” da indústria.

Golpe aos aliados

Desde que retornou à Casa Branca, Trump impôs tarifas aos seus principais parceiros comerciais (Canadá, China e México), assim como ao aço e ao alumínio, dois metais usados na indústria automotiva.

O magnata republicano defende essa política como uma forma de aumentar a receita do governo e revitalizar a indústria americana.

“Impor tarifas de 25% sobre carros importados terá um efeito devastador sobre muitos dos nossos aliados próximos”, disse Wendy Cutler, vice-presidente do Asia Society Policy Institute e ex-negociadora comercial dos Estados Unidos.

Mas também pode impactar a economia e os consumidores nos Estados Unidos.

“Dia da Libertação”

Além da indústria automotiva, Trump também considera tarifas sobre setores como produtos farmacêuticos, semicondutores e madeira.

Além disso, o presidente se prepara para o dia 2 de abril, que ele apelidou de “Dia da Libertação”, as chamadas “tarifas recíprocas” que afetarão todos os países do mundo. Elas consistem em igualar dólar por dólar os impostos cobrados sobre produtos americanos no exterior.



Fonte: ICL Notícias

Amazonas Repórter

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