O mês de abril é dedicado à Conscientização do Transtorno do Espectro Autista (TEA), condição que afeta uma em cada 160 crianças no mundo, conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). O diagnóstico do TEA é uma etapa crucial para garantir a identificação precoce e o encaminhamento para tratamento, fazendo com que as pessoas tenham melhor qualidade de vida.
A professora do curso de pós-graduação em Neuropediatria da Afya Educação Médica, Susana Satuf, explica que o TEA é um transtorno de neurodesenvolvimento que leva a prejuízos na reciprocidade social do indivíduo, comunicação verbal e não verbal, inflexibilidade comportamental, entre outros aspectos.
Ela reforça que alguns comportamentos ou atrasos de desenvolvimento podem ser sinais de alerta para os pais e cuidadores, de que a criança pode estar inserida dentro do espectro autista. “Com essa observação, os responsáveis podem procurar ajuda precocemente e, dessa forma, minimizar os impactos no desenvolvimento”, destaca.
Mesmo antes de adquirir a habilidade da fala, os pais já conseguem perceber se há dificuldade de comunicação. “A criança não aponta, não faz o olhar conjugado, por exemplo. Alguém a chama pelo nome e ela não responde nem com o olhar. As manias organizacionais, de separação de objetos por categoria, cor, fileira. Tudo isso são sinais de que é necessário procurar ajuda profissional”, frisa.
Segundo Susana Satuf, esses sinais não representam necessariamente um diagnóstico de autismo, mas diante da possibilidade, o ideal é atuar precocemente. Ao avaliar o caso, o médico neuropediatra poderá encaminhar o paciente para os tratamentos e terapias para minimizar os impactos dos atrasos. “Dessa maneira, a criança terá uma melhor qualidade de vida”, reforça.
De acordo com Susana Satuf, o neuropediatra desempenha um papel fundamental nesse processo, atuando na identificação e no diagnóstico preciso do TEA. “Esse profissional realiza uma avaliação detalhada do desenvolvimento da criança, observando marcos motores, linguísticos, sociais e comportamentais. Essa avaliação é essencial, por isso, essa é uma área bastante demandada dentro da Medicina”, acrescenta.
A diretora da Afya Educação Médica, em Manaus, Suelen Falcão, diz que a instituição está atenta a essa demanda por profissionais na especialidade de Neuropediatria, em todo o país. Em Manaus, a Afya está finalizando a primeira turma de médicos especialistas na área e já está com matrículas abertas para a próxima. “Não apenas por conta do autismo, mas essa é uma especialidade com bastante procura pela população e nós sabemos que há um déficit de profissionais para suprir essa necessidade, principalmente no SUS”, avalia.
Os interessados no curso de pós-graduação em Neuropediatria podem entrar em contato pelo site educacaomedica.afya.com.br ou pelo número (92) 99249-2960.