Bairro em Nova York recebe intervenção artística de humor com robôs que simulam trabalho de humanos em espaço compartilhado

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O bairro de Greenpoint, no Brooklyn (EUA), é casa de um tipo de coworking nunca visto. Chamado de Chat Haus, o espaço, revelado em reportagem do Tech Crunch, é inteiramente feito de papelão.
O escritório “fake” tem de tudo: pessoas martelando em seus teclados de computador, outra pessoa atendendo um telefonema, outra parada perto do computador para tomar um gole de café.
Há uma placa que oferece espaço para mesas por “apenas” US$ 1.999 (R$ 11303,54, na conversão direta) por mês e outra que rotula o local como “um espaço de coworking de luxo para chatbots“, situado entre uma escola primária e uma biblioteca pública da 121 Norman Avenue.
A cena é, na verdade, uma exposição de arte do artista Nim Ben-Reuven e reúne um punhado de robôs de papelão trabalhando em seus computadores por meio de movimentos controlados por pequenos motores.
IA domina tudo?
- Ao Tech Crunch, o artista disse que criou a exposição para trazer humor ao fato de que o trabalho dele tem sido dominado por inteligência artificial (IA);
- Ben-Reuven é especialista em design gráfico e videografia e conta que as empresas têm negado seus projetos como freelancer por priorizarem ferramentas de IA;
- “Era como uma expressão de frustração em forma de humor, para que eu não ficasse tão ressentido com a indústria mudando tão rápido e tão debaixo do meu nariz, sem querer fazer parte dessa mudança”, disse ele ao site. “Então, pensei: vou revidar com algo bobo que me faça rir”;
- A ideia de uma exposição humorada, evitando abordagens negativas, também busca atrair espectadores de todas as idades e com opiniões diversas sobre a IA, segundo ele. O “tom mais leve” aumenta a chance de transmitir a mensagem correta, na opinião do artista.
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Exposição temporária
O Chat Haus ficará exposto temporariamente até que o prédio que o abriga passar por uma reforma. A expectativa é que o público possa visitar o “coworking” até meados de maio, quando será transferido para uma galeria maior, se possível — e com novos itens.
“Eu pensei que seria engraçado expressar essa ideia de um monte de robôs bebês, meio fofos e meio assustadores, digitando por causa dos nossos comandos do ChatGPT em algum depósito, trabalhando sem parar e consumindo tanta eletricidade quanto a Suíça usa em um ano”, disse Ben-Reuven.
Colaboração para o Olhar Digital
Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero
Rodrigo Mozelli é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e, atualmente, é redator do Olhar Digital.
Fonte: Olhar Digital