Investigações avançam com análise de novas evidências de manipulação de resultados do jogos de futebol do campeonato amazonense
Com a deflagração da Operação Handicap, no último domingo (14/5), o Ministério Público do Amazonas (MPAM), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), recebeu os celulares apreendidos durante as buscas realizadas na cidade de Boa Vista/RR. O material será analisado pela equipe técnica do órgão e servirá para instruir o procedimento que investiga possível manipulação dos resultados de jogos de futebol do Campeonato Amazonense de 2023 para alavancar ganhos em sites de apostas esportivas e realizar lavagem de capitais. A partir da análise das evidências e oitivas, os membros do Gaeco prosseguirão nas investigações.
“No momento é muito precoce falar sobre novas prisões, mas não descartamos. Estamos adotando medidas pra que as provas sejam preservadas, pra que não haja nenhum tipo de situação que faça com que as provas se percam, pra apresentá-las ao Poder Judiciário e, aí sim, vamos concluir as investigações pra entregar um resultado à sociedade”, esclareceu o Promotor de Justiça José Augusto Palheta Taveira Júnior, membro do Gaeco que preside a investigação.
Segundo Taveira, ao longo da semana estão sendo ouvidas pessoas relacionadas aos fatos investigados, desde atletas a dirigentes de clubes, e também empresários. E ressalta ainda que novas provas poderão ser recebidas.
O Promotor de Justiça encoraja a população a fazer denúncias e fornecer qualquer informação sobre o caso e assegura que as identidades dos denunciantes são mantidas em absoluto sigilo.
“Pessoas que têm conhecimento dos fatos devem relatá-los às autoridades competentes. Atletas ou dirigentes que percebam algo não devem se calar, devem denunciar e trazer essas informações para que possamos realizar investigações”, destacou.
Operação Handicap
As investigações da Handicap foram instauradas após denúncia de manipulação de resultados feita pela da Federação Amazonense de Futebol (FAF) ao MPAM, A investigação apura a existência de uma organização criminosa estruturada com o propósito de manipular resultados de jogos do campeonato amazonense de futebol, alavancar ganhos em sites de apostas esportivas, realizar lavagem de capitais e praticar outras condutas criminosas conexas. A Operação Handicap foi realizada após decisão do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), atendendo ao pedido do MPAM, em resposta à FAF.
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