GOVERNO FEDERALspot_imgspot_img
31.3 C
Manaus
sexta-feira, fevereiro 21, 2025
GOVERNO FEDERALspot_imgspot_img

Petrobras mira em países africanos para recompor reservas de petróleo

A Petrobras buscar adquirir campos de petróleo em países africanos para aumentar a quantidade de reservas da estatal, que prevê declínio da produção a partir de 2030. O interesse de comprar poços principalmente em Angola, na Namíbia e na África do Sul foi informado pela diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia Anjos, em Nova Déli, na Índia.

De acordo com a diretora, a estatal brasileira está em conversas com petroleiras multinacionais, como ExxonMobil (Estados Unidos), Shell (Reino Unido) e TotalEnergies (França), que já são parceiras das Petrobras na produção de petróleo no Brasil.

A declaração foi feita à agência de notícias Reuters na última quarta-feira (12) e confirmada pela Agência Brasil. A diretora participou da India Energy Week, encontro internacional que reúne representantes da indústria petrolífera.

Para a diretora, a aquisição de poços em países africanos faz sentido no portfólio da companhia. A intenção da Petrobras acontece em um momento em que a empresa busca novas fronteiras de exploração e produção de petróleo, pensando em reverter o declínio das reservas atuais, previsto para a década de 2030.

Volta ao continente africano

A Petrobras voltou a manter operações no continente africano no ano passado. Em 8 de fevereiro, a companhia concluiu a aquisição de participações em três blocos exploratórios em São Tomé e Príncipe, na costa ocidental da África. Em dois blocos a participação é de 45%; e no terceiro, 25%.

Em outubro de 2024, o Conselho de Administração da Petrobras aprovou a atuação da companhia na África do Sul, viabilizando a aquisição de participação no bloco Deep Western Orange Basin (DWOB), por meio de processo competitivo conduzido pela TotalEnergies.

De acordo com o Plano de Negócios 2025-2029 da estatal, a participação de 10% no bloco sul-africano depende de aprovação governamental local.

Novas fronteiras

Aqui no Brasil, a principal frente de interesse exploratório é a Margem Equatorial, região no litoral norte do país tida como de grande potencial, uma espécie de “novo pré-sal”.

A exploração depende, no entanto, de autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.

Ativistas apontam preocupações com o meio ambiente e aumento do uso de combustível fóssil, um dos causadores do aquecimento global. Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pressionou, na última quarta-feira (12), que o Ibama autorize a exploração.

Há também grande interesse da petroleira na Bacia de Pelotas, no litoral sul do Brasil. A Petrobras é dona de 29 poços de exploração na região.

Um fator que explica o interesse na Bacia de Pelotas são descobertas de petróleo no Uruguai e na África – Namíbia e África do Sul. As duas costas geográficas possuem características físicas que se assemelham.

América do Sul e EUA

Além de posições na África, a Petrobras tem operações na América do Sul e nos Estados Unidos.

Na Colômbia, a estatal anunciou em dezembro de 2024 a descoberta da maior reserva de gás da história do país. O poço gigante Sirius-2, explorado em consórcio com a Ecopetrol, estatal de petróleo colombiana, tem capacidade equivalente à quase metade da produção diária de gás da Petrobras no Brasil.

A descoberta pode aumentar em 200% as reservas atuais da Colômbia. No entanto, a empresa brasileira explicou que, em um primeiro momento, a produção será destinada a abastecer a demanda do mercado interno colombiano.

Dois outros poços na região – Buena Suerte e Papayuela – estão na linha de exploração do consórcio, o que abre expectativa para que haja excedente de produção, e o Brasil possa importar gás da Colômbia.

Na Argentina, por meio da subsidiária Petrobras Operaciones S.A., a companhia detém uma participação de 33,6% no ativo de produção Rio Neuquén.

Na Bolívia, produz gás principalmente nos campos de San Alberto e San Antonio, com 35% de participação em cada um desses contratos de operação de serviços, que são operados principalmente para fornecer gás ao Brasil e à Bolívia.

Nos Estados Unidos, a atuação se dá em campos em águas profundas no Golfo do México, com participação de 20% da Petrobras America Inc., formando com a Murphy Exploration & Production Company a joint venture MPGoM.

Produção e reservas

A produção total de óleo e gás natural da Petrobras alcançou 2,7 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) em 2024. Mais de 80% no pré-sal (costa do Sudeste).

No fim de janeiro, a companhia informou que as estimativas de reservas provadas de óleo, condensado e gás natural apontam 11,4 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) ao fim de 2024. Deste total, 85% são de óleo e condensado e 15% de gás natural.

Desse montante, 1,3 bilhão de barris foram incorporados em 2024.

Considerando a produção esperada para os próximos anos, é essencial seguir investindo na maximização do fator de recuperação, na exploração de novas fronteiras e na diversificação do portfólio exploratório para repor as reservas de petróleo e gás”, afirmou a estatal ao divulgar o total de reservas provadas.

FONTE: AGÊNCIA BRASIL 

GOVERNO FEDERALspot_imgspot_img

Amazonas Repórter

Tudo
spot_imgspot_img

Escola de Contas Públicas do TCE-AM prorroga prazo para gestores públicos indicarem cursos em questionário online

A Escola de Contas Públicas do Tribunal de Contas do Amazonas (ECP/TCE-AM) prorrogou até o dia 20/02 (terça-feira) o prazo para recebimento das respostas...

‘Tem um clima de medo no ar’, diz brasileira que mora em Nova York

Por Bia Abramo Na semana em que Donald Trump tomou posse, Anna Olímpia de Moura Leite, estudante de doutorado na News School, Nova York, recebeu...

“Empreender mudou a minha vida”, diz professora que se tornou artesã

Thecia Aysha trabalha com artesanato há mais de 20 anos. No ano passado, o setor do artesanato do Amazonas arrecadou mais de R$ 2,3...
spot_imgspot_img