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Professores e servidores municipais de São Paulo decidiram antecipar a paralisação geral da categoria para esta quarta-feira (16), em protesto contra a proposta de reajuste salarial apresentada por Ricardo Nunes (MDB) na semana passada. Os representantes da Coordenação das Entidades Sindicais Específicas da Educação Municipal (Coeduc), devem se reunir a partir das 11h, em frente à sede da Prefeitura.
A paralisação estava marcada para o próximo dia 30, mas foi adiantada em função do novo Projeto de Lei n°416/2025, que foi enviado por Nunes para a Câmara Municipal no último dia 10, sem qualquer discussão com a categoria. De acordo com a assessoria do SINPEEM (Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo) “Não houve diálogo com a Prefeitura. Os professores nem estavam sabendo desse Projeto de Lei. Foi uma decisão unilateral”.
Proposta de Ricardo Nunes
O Projeto de Lei prevê um reajuste salarial de 2,6% a partir de maio desse ano, com um reajuste adicional de 2,55% para ser aplicado em maio de 2026. O PL 416/2025 ainda dispõe da elevação de 6,27% sobre o valor do piso docente da da categoria 1 (QPE 11A) – profissionais da carreira do magistério com ensino médio -, mas não inclui elevação dos pisos dos docentes da categorias 2 e 3, de licenciatura curta e licenciatura plena, além dos gestores e integrantes do Quadro de Apoio.
A proposta, entretanto, foi rejeitada pelos servidores da categoria, e classificada como “ofensiva, que arrocha os salários e destrói direitos”. Em contrapartida, eles reivindicam 12,9% de reajuste linear para todo o funcionalismo municipal.
Professores da rede municipal de São Paulo paralisam contra a proposta de reajuste salarial do Prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (Foto: Rovena Rosa)
Entre as exigências da paralisação, também estão: a redução da alíquota previdenciária de 14% para 11%; redução das jornadas de trabalho do Quadro de Apoio, que hoje é de 40 horas semanais; revogação do confisco previdenciário; construção de mais escolas da rede direta (administradas pela prefeitura); redução do número de alunos por sala de aula; melhores condições de saúde e segurança e climatização das salas.
Para o presidente da SINPEEM, Claudio Fonseca, “É hora de unidade da categoria para pressionarmos o governo em defesa dos nossos direitos e da educação pública, laica, estatal e de qualidade social para todos(as), em todos os níveis e modalidades de ensino, da creche ao ensino superior.”
A expectativa dos representantes é de serem recebidos pela gestão de Ricardo Nunes. Eles esperam uma reunião onde haja diálogo entre a categoria e a Prefeitura para que possam expor suas reivindicações.
Fonte: ICL Notícias