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Projeto da UEA incentiva economia solidária em comunidades indígenas de Manaus



Visita dos universitários à comunidade indígena Yawarité Ipixuna (Reprodução/Arquivo pessoal)

02 de maio de 2025

Marcela Leiros – Da Cenarium

MANAUS (AM) – Com o objetivo de fortalecer a autonomia econômica dos povos originários, o projeto “Mapeando demandas extensionistas e fomentando a economia solidária em comunidades indígenas de Manaus-AM” foi desenvolvido por alunos do curso de Ciências Econômicas da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). A iniciativa, que tem 60 alunos envolvidos, tem como foco estimular o protagonismo de grupos destas comunidades da capital amazonense em atividades econômicas sustentáveis, respeitando suas tradições e saberes.

Universitários em visita à comunidade indígena Yawarité Ipixuna (Reprodução/Arquivo pessoal)

O projeto, que integra a disciplina Laboratório de Extensão I, atuará em três comunidades indígenas da capital amazonense: Monte Horebe, Lua Verde e Yawarité Ipixuna. A primeira etapa foi realizada na Yawarité Ipixuna. As atividades são realizadas em parceria com a Cáritas Arquidiocesana de Manaus.

Nas ações, os alunos que integram o projeto coletam dados para traçar o perfil socioeconômico dos moradores e, assim, mapeiam as demandas junto às comunidades, que apresentaram maior interesse pela montagem de uma lojinha de produtos artesanais para a venda de biojoias. Depois, o grupo leva as ações extensionistas às localidades, como explica a professora doutora Girlian Silva de Sousa. Ela é uma das coordenadoras do grupo.

Parte dos universitários do projeto desenvolvido na UEA (Ricardo Oliveira/Cenarium)

A Cáritas vai até a comunidade e vai oferecer a oficina de fabricação das biojoias. Aí os meninos [do projeto] retornam lá para ministrar o curso de profissionalização, que vai incluir precificação, controle de custo, controle de estoque, entra com a parte da fotografia, como é que esses produtos precisam ser fotografados, como é que eles podem ser comercializados nas redes sociais, toda essa parte de comercialização. Os alunos voltam lá para fazer essa capacitação“, explicou a professora.

Para Girlian Silva de Sousa, a economia solidária é uma possibilidade de melhoria de vida para quem está em situação de vulnerabilidade. A gente sabe que o mercado não tem espaço para todo mundo. A gente precisa sair da ideia de que todas as pessoas precisam ter um patrão. Então, a economia solidária trabalha numa proposta de realização humana, numa ideia de que é possível levar desenvolvimento, ou pelo menos melhoria de vida para quem reside, para quem está em uma situação de vulnerabilidade econômica. Então, o nosso foco foi ir para aí“, afirmou.

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Os professores Girlian Silva de Sousa e Armando Clóvis Souza (em pé) e parte dos alunos do projeto (Ricardo Oliveira/Cenarium)
Preparação

Também coordenador da disciplina, o professor mestre Armando Clóvis Souza pontua que a atividade, além de impactar na realidade das comunidades indígenas, também muda a visão dos alunos de Ciências Econômicas sobre a realidade fora da sala de aula.

Eles se depararam, na prática, com a economia real. Vendo esses problemas que as pessoas enfrentam. E o nosso objetivo é justamente esse. Que o aluno não fique só nessa atividade livresca, mas também possa compreender a realidade. Usando uma expressão da Maria da Conceição Tavares, ‘o povo não come PIB’. Ele [o aluno] precisa, e essa é a nossa intenção, melhorar, de alguma forma, aquela realidade. E, ao mesmo tempo, se formar. É preciso ajudar na formação do aluno para que ele possa ir pra esse tal o mercado também“, complementou.

Armando Clóvis Souza e Girlian Silva de Sousa (Ricardo Oliveira/Cenarium)
Desenvolvimento

Para a universitária Graziella Pamplona, do 5º período de Ciências Econômicas, o projeto pretende contribuir no desenvolvimento não só econômico da comunidade, mas também social. “A gente vê que é uma dificuldade muito grande. A falta de acesso à educação, a conhecimento, a trabalho, à capacitação, tudo isso, querendo ou não, afeta essa comunidade também. Esse é o nosso desafio, chegando lá“, afirmou a estudante.

Graziella Pamplona, aluna do 5º período de Ciências Econômicas (Ricardo Oliveira/Cenarium)

O universitário Talison Cunha complementa a colega. “Aqui na capital, dentro da Zona Franca de Manaus, onde 80% da riqueza do Amazonas é produzida, a gente acha que é uma cidade muito rica, muito desenvolvida, por conta que tem um polo industrial. Mas, chegando na comunidade, a gente percebe que essa realidade não chega para todos“, disse ele.

O universitário Talison Cunha (Ricardo Oliveira/Cenarium)
Crescimento do microempreendedorismo

Em 2024, de acordo com o Sebrae, o número de pequenos negócios no Brasil registrou um crescimento de mais de 10% em 2024, alcançando o total de 4,158 milhões de novos empreendimentos abertos durante todo o ano. Este foi considerado o melhor resultado da história do empreendedorismo do País.

Os dados foram compilados com base no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica da Receita Federal. Ainda de acordo com o Sebrae, ao todo, em 2024, abriram as portas mais de 3 milhões de microempreendedores individuais, 974 mil microempresas e 190 mil empresas de pequeno porte.



Fonte: Agência Cenarium

Amazonas Repórter

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