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Protagonismo ancestral na defesa da educação



Escola no interior do Pará (João Paulo Guimarães/Cenarium)

19 de abril de 2025

Eduardo Figueiredo – Da Cenarium

Às vésperas da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP30, o sistema de educação no Pará, Estado que sediará o evento, atravessa um momento de crise, especialmente no que diz respeito ao ensino em comunidades tradicionais, como as rurais, indígenas e quilombolas. A nova edição da REVISTA CENARIUM apresenta um conjunto de graves denúncias contra a Secretaria de Educação do Estado (Seduc-PA), que envolvem assédio moral, manipulação dos dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e mudanças no sistema de ensino dessas comunidades.

Profissionais da educação, pais e alunos revelam a dura realidade do ensino nessas localidades, que enfrentam sérios desafios que comprometem tanto a formação dos estudantes quanto a valorização de suas culturas. Além disso, destacam a falta de infraestrutura nas escolas e a aplicação inadequada de políticas educacionais que não consideram as especificidades locais. Para os alunos dessas regiões, a educação se torna algo distante, uma vez que a infraestrutura e os recursos essenciais simplesmente não estão disponíveis.

Lideranças indígenas de diversas etnias assumiram o protagonismo na defesa da educação ao promoverem uma manifestação que durou quase 40 dias nas dependências da Seduc, em Belém. O protesto foi uma reação à sanção da Lei n.º 10.820/2024, pelo governador Helder Barbalho, que representa uma ameaça aos programas educacionais voltados para as comunidades tradicionais, comprometendo, assim, o acesso a uma educação de qualidade para essas populações.

A crise educacional no Pará é reflexo de um modelo que se mostra incapaz de atender a todos os alunos de maneira justa, além de evidenciar o descaso histórico com as comunidades tradicionais. Para que essa realidade seja transformada, é necessário que o governo estadual ouça as vozes dessas populações, que têm sido claras, e adote um modelo de ensino que respeite suas culturas e particularidades. Somente assim será possível assegurar uma educação de qualidade, que de fato atenda às necessidades de todos os estudantes. A educação deve ser uma ferramenta de transformação social, e não um mecanismo de desigualdades.

O assunto foi tema de capa e especial jornalístico da nova edição da REVISTA CENARIUM. Acesse aqui para ler o conteúdo completo.

Capa da Revista Cenarium (Reprodução)
LEIA TAMBÉM:

EDITORIAL – A opressão às lideranças indígenas que reivindicam educação no Pará

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EDITORIAL – Imagens de cinema, drama real, por Eduardo Figueiredo



Fonte: Agência Cenarium

Amazonas Repórter

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