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protesto pede justiça por brasileira assassinada



Primeira manifestação aconteceu na sexta-feira, 4 (Reprodução/Redes sociais)

07 de abril de 2025

Marcela Leiros – Da Cenarium

MANAUS (AM) – Familiares e amigos da estudante brasileira Jenife Silva, 36 anos, assassinada na Bolívia nesta semana, se mobilizam em um protesto a ser realizado na terça-feira, 8, para pedir justiça e exigir respeito pelos direitos dos estrangeiros no país vizinho.

A mobilização se concentrará a partir das 16 horas (horário de Santa Cruz), aos pés do monumento do Cristo Redentor, no cruzamento das avenidas Cristóbal de Mendoza, Cristo Redentor e Monseñor Rivero, em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia.

Exigimos justiça para Jenife, a brasileira assassinada em seu apartamento. Exigimos que os direitos dos residentes estrangeiros na Bolívia sejam respeitados“, consta na publicação da mobilização.

Leia também: Polícia da Bolívia investiga novos suspeitos na morte de estudante brasileira
Informações da mobilização que será realizada na terça-feira, 8 (Reprodução)

Amigo próximo de Jenife Silva, o boliviano Cristian Wilde afirmou à CENARIUM que as leis bolivianas não asseguram os direitos dos estrangeiros, e um dos objetivos da mobilização é mudar essa realidade.

Pedimos justiça pela morte de Jenife e exigimos respeito aos cidadãos brasileiros residentes na Bolívia, seus direitos são violados, o consulado não os protege, eles lavam as mãos“, declarou. “Queremos mudar as leis para estrangeiros na Bolívia. Nada os protege e nada cuida deles, e são muitos os que estudam há anos e lutam por um sonho“.

Esta será a segunda mobilização organizada no país pedindo justiça pela morte de Jenife. Na sexta-feira, 4, amigos e colegas da universitária se mobilizaram em frente ao Palácio da Justiça para acompanhar a audiência do principal suspeito do crime, o adolescente J.D.R.F, de 16 anos. “Justiça para Jenife“, diziam os cartazes no protesto. “Que a morte de Jenife não fique impune“, gritavam os presentes.

O adolescente teve prisão preventiva de 45 dias decretada. O momento em que ele deixou o Palácio da Justiça foi registrado pelos manifestantes presentes no local.

Entenda o caso

Natural de Santana (AP), Jenife do Socorro Almeida da Silva estava na Bolívia para concluir a faculdade de Medicina. Ela morava na cidade de Santa Cruz de La Sierra, onde fez o curso durante seis anos. O corpo da universitária foi encontrado na quarta-feira, 2, no apartamento onde residia, no bairro Vale Azul. Jenife deixou dois filhos.

As autoridades investigam suspeita de feminicídio. A apuração inicial do Ministério Público da Bolívia apontou que a estudante morreu por asfixia mecânica, de acordo com exame de autópsia forense. Um laudo também indicou que a vítima foi estuprada e esfaqueada.

Corpo foi encontrado na terça-feira, 1° (Reprodução)

Segundo uma amiga, Jenife conheceu o suspeito no domingo, 30 de março, na Praça 24 de Setembro, considerado o principal símbolo turístico da cidade de Santa Cruz de La Sierra. Dois dias depois, na terça-feira, 1°, ela assistiu a uma aula na Universidade de Aquino Bolívia (Udabol) e, depois, foi ao encontro do jovem.

Ainda de acordo com os amigos, o último “sinal de vida” de Jenife Silva foi na terça-feira à noite, quando ficou on-line no aplicativo WhatsApp. No outro dia, um dos filhos dela também buscava por notícias da mãe. Preocupada, uma amiga, identificada como Andressa, foi ao apartamento da estudante, no bairro Vale Azul, onde recebeu a notícia de que o corpo havia sido encontrado e levado pelas autoridades.

Os amigos de Jenife relatam que a preocupação é pela possível impunidade do autor do crime, que seria de família rica e influente no País. A família é proprietária de uma praça de food trucks em Santa Cruz, além de outros estabelecimentos comerciais, como uma loja de joias.

Ela sofreu feminicídio em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, e o assassino supostamente é menor de idade, mas a polícia boliviana é bastante corrupta, e como a família tem posses, tudo nesse caso soa estranho e sem informações. Por favor, precisamos do apoio da mídia brasileira para ter esclarecimentos, sem exposição não irão agir contra uma família rica“, disse uma amiga.

Jenife não é apenas mais uma. Era mãe, filha e amiga“, acrescentou Cristian Wilde.

Jenife Silva e os filhos (Reprodução/Instagram @jenife_revival)



Fonte: Agência Cenarium

Amazonas Repórter

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