Desde 2009, a eficiência das células de perovskita saltou de 3,8% para impressionantes 26,1%. Em contraste, os painéis solares de silício, que usamos atualmente, têm uma eficiência entre 15% e 22%. Além de serem mais eficientes, as células de perovskita são mais leves, flexíveis e baratas de produzir. Elas podem ser fabricadas a temperaturas de até 200ºC, enquanto os painéis de silício precisam de temperaturas em torno de 1000ºC, economizando muita energia no processo de produção.
Algo que os painéis solares de silício têm dificuldade em fazer. Isso torna as células de perovskita muito mais eficazes em diferentes condições climáticas. No entanto, a nova tecnologia enfrenta um grande desafio: a durabilidade.
As células de perovskita se degradam rapidamente quando expostas à umidade e ao calor, o que reduz sua vida útil em comparação com os painéis solares de silício, que são mais resistentes às intempéries.
No Brasil, o Instituto Onnin, localizado em Belo Horizonte, está à frente das pesquisas para desenvolver um painel solar comercial com células de perovskita. Isso representa um grande avanço para o país, que pode se tornar um líder nessa nova tecnologia.
Se as células de perovskita alcançarem a durabilidade desejada, estaremos testemunhando uma revolução na energia solar, tornando os painéis solares de silício uma peça de museu. O futuro da energia solar parece brilhante e mais eficiente com essa inovação.