É uma contração involuntária da musculatura da vagina, dificultando ou impedindo penetração vaginal.
O vaginismo é um problema sério e precisa ser discutido e falado abertamente. É classificado como uma disfunção sexual feminina, que afeta diretamente a vida sexual de mulheres de todas as idades.
“É um tema que precisa ser destacado pois, essa contração involuntária gera dor criando um círculo vicioso: contração – dor – tensão- mais dor, e assim a mulher acaba evitando ter qualquer tipo de relação com penetração vaginal.“, afirma a fisioterapeuta pélvica, Dra. Patrícia Oliveira.
Estima-se que entre 5 e 17% da população feminina mundial sofra deste distúrbio e de acordo com a Dra. Patrícia, devido ao tabu existente acerca do tema, os números podem ser maiores, uma vez que muitas mulheres não são encorajadas a investigar incômodos mais íntimos.
O vaginismo caracteriza-se pela contração involuntária dos músculo internos da vagina, pode ser classificado como primária quando nunca houve penetração parcial ou total na vagina, e secundária quando já ocorreu, mas a mulher passa a não conseguir.
“A dor também pode ocorrer na tentativa de introdução de absorventes internos e, também, durante exames ginecológicos“, ressalta Patrícia.
Conforme a fisioterapeuta pélvica, os principais sintomas do vaginismo são:
– Dor nas relações com penetração ou impossibilidade de penetração na hora da relação sexual.
– Sensação de ardência durante ou após a relação sexual
– Baixa autoestima
– Ansiedade
– Contração involuntária da vagina
– Dificuldade de usar absorvente interno
– Dor durante um exame ginecológico
Segundo a Dra. Patrícia Oliveira, o vaginismo pode ser causado por gatilhos emocionais e nem sempre são percebidos por quem ainda não tem um diagnóstico. Conheça alguns um deles:
*Medo ou ansiedade sobre o próprio desempenho sexual
*Receio de gravidez
*Relacionamento abusivo
*Abusos sexuais
*Vulnerabilidade
*Experiências traumáticas ligadas à vida sexual
Qual é o tratamento para vaginismo?
O tratamento do vaginismo é um processo que requer muito autocuidado e paciência. O acompanhamento deve ser feito por um profissional de saúde como ginecologista, fisioterapeuta e de saúde mental como psicólogos e sexólogos, pois é possível que as causas estejam ligadas a traumas.
Educação sexual também é importante nesses casos porque, conhecendo o seu organismo, bem como os gatilhos emocionais, a mulher tem como entender a sua dor e os processos que acontecem com o seu corpo.
A fisioterapia pélvica tem um papel importantíssimo no tratamento de vaginismo. Utilizando recursos e exercícios para desativar os pontos de tensão que são encontrados na musculatura do assoalho pélvico, exercícios de relaxamento e consciência perineal, e exercícios de fortalecimento e coordenação da região.
Fica o alerta, qualquer relação sexual com dor não é normal! Procure sempre um especialista.