Como uma engrenagem, o nosso Amazonas une muitas peças que fazem a roda girar. E mantê-la em bom funcionamento é um dever de quem, assim como eu, tem compromisso com o povo amazonense. Por isso, aqui vamos falar de desenvolvimento sustentável aliado ao crescimento econômico.
Falar de desenvolvimento sustentável e crescimento econômico no Amazonas é falar de um estado que cresce a partir de um modelo já consolidado. A Zona Franca de Manaus gera mais de 100 mil empregos diretos na capital e mais 500 mil indiretos em todo o estado e retirando, portanto, a pressão sobre a floresta amazônica.
Todo esse crescimento, com bases sustentáveis, não pode ficar em check por falta de logística. O Amazonas precisa de uma alternativa às hidrovias do Solimões e do Madeira. A BR-319, é a única rodovia terrestre que conecta o estado ao restante do país. O povo amazonense precisa dela.
Ao longo dos meus 42 anos de vida pública, sempre tive esta certeza e tenho me dedicado, entre outras pautas, a essas duas específicas: o fortalecimento industrial da Zona Franca como modelo de desenvolvimento em bases sustentáveis e a pavimentação da BR-319 como única alternativa viável em períodos de seca dos rios da Bacia Amazônica.
Mas falar de um Amazonas em desenvolvimento também é falar de atenção à nossa população. Pelo segundo ano consecutivo, nosso estado enfrenta o problema da estiagem severa, que já afeta mais de 340 mil pessoas e colocou todos os municípios do Amazonas em estado de emergência. Portanto, é preciso dar a assistência necessária a essas famílias, e isso já está sendo feito com o apoio decisivo do Governo Federal.
Para ver de perto a realidade que assola nossas cidades do interior, recebemos esta semana a visita do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva na capital amazonense, em Tefé e Manaquiri. Nos reunimos junto a prefeitos do Amazonas para tratar das pautas ambientais e econômicas. Acompanhei o presidente Lula em um sobrevoo nas áreas afetadas pela seca nos municípios de Manaquiri e Tefé.
Durante reunião na Suframa, em Manaus, o Presidente Lula assinou a ordem para a dragagem em quatro pontos dos rios Amazonas e Solimões, e deu o aval para as obras no trecho C da BR-319, além de defender a importância do modelo Zona Franca, assim como eu defendo.
Se a Zona Franca está garantida até 2073, devemos ao Presidente Lula, que reconhece sua importância econômica e ambiental. Importância essa que eu, ao longo dos anos, tenho feito questão de deixar evidente. A Zona Franca, além de ser motor econômico do Amazonas, também ajuda a conservar mais de 90% da nossa cobertura florestal, com tecnologias que incentivam o desenvolvimento econômico sem impactar o meio ambiente.
E hoje, o Amazonas pode voltar a sonhar em muitos aspectos, seja com a BR-319 que vai pavimentar os sonhos de milhares de pessoas, seja na indústria, com o incentivo à Zona Franca, e seja no socorro às famílias atingidas pela estiagem. Conquista do povo do amazonas.
Já a BR-319, nossa única alternativa rodoviária para nos interligar com o restante do país, é uma batalha que venho travando em defesa de sua concretização, mas respeitando estudos de impacto ambiental e normas de segurança ambiental. A BR-319 é muitas vezes, o fator decisivo entre a vida e a morte, e nós vivemos isso durante a pandemia, quando muitos amazonenses morreram à espera de oxigênio.
A Zona Franca de Manaus e a BR-319 constroem um futuro, mas não devemos esquecer do que deve ser prioridade no que diz respeito à garantia solução de outros problemas também imediatos, como a questão da dragagem dos rios durante a estiagem, além do enfrentamento às consequências da seca.
E para enfrentamento deste problema, serão investidos pelo Governo Federal R$ 500 milhões, visando a navegabilidade segura e o escoamento de insumos, como alimentos e combustíveis, reduzindo efeitos da forte estiagem que atinge a região.
No tocante ao Amazonas, seguimos rumo a dias melhores, e sigo demonstrando o meu compromisso e do Governo Federal com o povo que vive nessa terra.
Eduardo Braga
Senador do Amazonas e líder do MDB
