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Os governos dos Estados Unidos e da China anunciaram na terça-feira (6) que terão um encontro em Genebra, na Suíça, previsto para acontecer no fim de semana, quando sentarão pela primeira vez para negociar tarifas, segundo informações das agências de notícias internacionais.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Pequim, Lin Jian, declarou nesta quarta-feira (7) que “qualquer diálogo deve ser baseado na justiça, respeito e benefício mútuo. Qualquer pressão ou coerção não funcionará com a China“.
Desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deflagrou a guerra comercial com escala global, foram anunciadas taxas de até 145% sobre produtos importados da China. Em revide, Pequim respondeu com alíquotas de até 125% sobre a importação de itens norte-americanos.
Em comunicado oficial, o governo dos EUA informou que o secretário do Tesouro do país, Scott Bessent, e o representante de Comércio do país, Jamieson Greer, vão viajar para a Suíça na quinta-feira (8), onde vão se encontrar com o vice-primeiro-ministro da China, He Lifeng.
Por sua vez, o Ministério do Comércio chinês afirmou que Lifeng vai para a capital suíça na sexta-feira (9). A pasta confirmou o encontro com Bessent.
Negociador da China ficará na Suíça até 2ª feira
Lifeng, considerado o principal responsável pela economia da China, ficará na Suíça entre sexta e segunda-feira (12).
“Com base na plena consideração das expectativas globais, dos interesses da China e dos apelos da indústria e dos consumidores dos EUA, a China decidiu retomar o diálogo com os EUA”, informou, em comunicado, o governo de Pequim.
“Há um velho ditado chinês: ‘Ouça o que se diz e observe o que se faz’. Se os EUA disserem uma coisa e fizerem outra, ou tentarem usar as conversas como disfarce para continuar com coerção e chantagem, a China jamais aceitará”, acrescentou.
O Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR, na sigla em inglês) informou que Greer também se reunirá com a missão da agência junto à OMC (Organização Mundial do Comércio), em Genebra.
Ontem, o Departamento de Comércio dos EUA informou que o déficit comercial do país atingiu um recorde em março, com empresas antecipando importações antes das tarifas.
Os dados comerciais destacaram uma dinâmica que contribuiu para a queda do PIB (Produto Interno Bruto) no primeiro trimestre de 2025 — o primeiro declínio em três anos.
No ano passado, o déficit da balança comercial dos EUA com a China foi de US$ 295,4 bilhões (cerca de R$ 1,75 trilhão).
Fonte: ICL Notícias