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Criminosos instalam vírus em maquininhas de cartão para aplicar golpes em pagamento por aproximação

Nova modalidade bloqueia a transação e obriga o consumidor a inserir o cartão nos equipamentos infectados e os dados são expostos a compras indevidas

A empresa de cibersegurança Kaspersky fez um alerta sobre um novo golpe em pagamento por aproximação. Criminosos criaram três novas variantes do vírus brasileiro Prilex, conhecido por roubar os dados de cartões usados em maquininhas para efetuar as chamadas “compras fantasmas”. Agora, o vírus bloqueia o pagamento por aproximação. O objetivo dos golpistas é fazer com que o usuário seja forçado a optar pelo uso do cartão físico e, desta forma, fraudar transações.

Por exemplo: o consumidor tenta pagar determinado produto via aproximação. Na sequência, a máquina exibe a mensagem: “Erro aproximação. Insira o cartão”. A vítima, então, resolve inserir o cartão na maquininha infectada, e seus dados são capturados e são expostos a compras indevidas. O golpe ocorre da seguinte maneira: os criminosos entram em contato com o proprietário de um estabelecimento comercial se passando por funcionários das empresas das maquininhas.

Em seguida, ocorre a instalação do vírus, que permitirá que eles tenham acesso ao sistema.  O chefe da equipe global de Pesquisa e Análise (GReAT) da Kaspersky na América Latina, Fabio Assolini, orienta que o cliente deve buscar outras alternativas, como o pagamento via PIX, e ressalta que a responsabilidade final é do dono do estabelecimento. “Ele poderia realizar o pagamento via Pix, dinheiro ou tentar em outro terminal. Mas seria injusto colocar essa responsabilidade nas costas do consumidor. O lojista deve manter seguros os computadores do ponto de venda onde as transações são validadas”, orienta.

Para o especialista, o tema deve olhado com mais atenção visto que este tipo de pagamento se popularizou. Segundo Assolini, as novas versões do “malware” são capazes de filtrar os cartões de créditos e criar regras. O cartões mais visados pelos golpistas são os ‘Infinite’, ‘Black’ ou corporativos. A explicação é simples: todos possuem limites mais altos que os demais. O consumidor pode ter problemas para obter a devolução, como ao tentar adquirir um novo cartão. Por outro lado, o comerciante nem sempre terá êxito ao tentar recuperar o valor roubado com a empresa adquirente, que repassa o dinheiro da venda. As principais para não cair no golpe são:

  • Checar os valores que constam na fatura do cartão e entrar em contato com a instituição financeira caso não reconheça alguma transação;
  • Ter solução de segurança instalada nos dispositivos e devidamente atualizada
  • Organizar os usos. por exemplo: o computador da empresa não poderá ser utilizado para fins pessoais

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Amazonas Repórter

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