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Empresariado dos EUA impulsiona exportações do Brasil


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A guerra comercial entre Brasil e EUA já começa a trazer consequências positivas para as exportações brasileiras. Empresários estadunidenses já ampliam o comércio de setores como calçados e soja, em substituição a produtos chineses. Segundo reportagem de O Globo, há também boas perspectivas para as indústrias têxtil e moveleira.

Em 2 de abril, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou o que ele chamou de “tarifas recíprocas”, cujo alvo principal é a China. Desde então, as duas maiores economias do mundo vêm travando uma queda de braços tarifária. Por ora, não há nenhum acordo oficial entre as duas nações para colocar um fim na peleja.

Nesse contexto, importadores norte-americanos ampliaram a compra de calçados brasileiros e sondam empresários do Brasil para substituírem produtos chineses. Além disso, a China está comprando mais soja do Brasil.

Antes mesmo do tarifaço anunciado por Trump, os embarques de soja brasileira para a China já vinham crescendo. De janeiro a março, a alta foi 34%, somando US$ 6,7 bilhões, segundo a reportagem.

De parte dos EUA, empresas como a Bella Giornata, de alimentos em pó da Della Foods, já fecharam o envio de cinco contêineres, estimados em R$ 2 milhões, nas próximas semanas, de achocolatados e bebidas em pó para os Estados Unidos. Os produtos serão destinados a redes varejistas estadunidenses.

No primeiro trimestre deste ano, a empresa apontou aumento de 50% nas demandas em comparação com o mesmo período de 2024. Para o segundo trimestre, a projeção é de um crescimento adicional de 20% nas exportações em relação ao primeiro trimestre deste ano.

Indústria moveleira e têxtil esperam por mais exportações

Outros setores também esperam surfar na onda da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

A Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) já projeta melhoria para o segmento no Brasil. Hoje, os Estados Unidos são o principal destino dos móveis brasileiros, respondendo por 27,6% das exportações do setor em 2024.

Antes do pacote tarifário de Trump, o setor estimava crescimento adicional de 47,9% para os próximos anos, com as exportações de produtos acabados podendo atingir US$ 346,5 milhões ao ano. Agora, a entidade está buscando entender os impactos da guerra comercial para refazer as contas.

O setor de calçados também busca uma fresta nessa janela de oportunidades. A Usaflex, que produz entre 25 mil e 32 mil pares de calçados por dia em quatro fábricas no Rio Grande do Sul, é uma delas. Isso porque há redes varejistas norte-americanas querendo comprar os calçados brasileiros para estampar suas próprias marcas, como faziam com a produção chinesa.

Na década de 1970, o Brasil, hoje quarto maior produtor de calçados do mundo, era um grande exportador de calçados para os EUA, quando começou a perder espaço para os asiáticos.

Dados da Abicalçados (Associação Brasileira da Indústria de Calçados), mostram que, em março, o Brasil vendeu 1 milhão de pares para os EUA, no valor de US$ 17,54 milhões, alta de 34,8% ante o mesmo mês de 2024. No primeiro trimestre, os americanos compraram 2,93 milhões de pares, o equivalente a US$ 54,7 milhões, um crescimento de 10,3% em volume na comparação anual.

O lado ruim da guerra comercial

Especialistas ouvidos pela reportagem apontaram que, por outro lado, a guerra comercial deflagrada por Trump gerou instabilidade em fluxos de investimento no mundo e desafios para as cadeias logísticas. Dificultou, principalmente, a previsibilidade das empresas.

No caso específico do Brasil, há um temor também de que, sem ter o mercado norte-americano para vender, a China aumente a destinação de produtos para o Brasil, com prejuízos para o empresariado nacional.

Somente em março, as importações de calçados aumentaram 47,7% em relação ao mesmo período de 2024, o que significa a entrada de mais de 5 milhões de pares no Brasil. A principal origem foi a China, de onde vieram 2,55 milhões de pares, um salto de 51,7%.

No caso da indústria têxtil, em 2024, o Brasil importou US$ 6,6 bilhões de confecções. Desse total, cerca de 60% saíram da China.





Fonte: ICL Notícias

Amazonas Repórter

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