O Goldman Sachs disse que espera que a China acelere as medidas de flexibilização fiscal para compensar o entrave ao crescimento das tarifas mais altas anunciadas pelos Estados Unidos na semana passada, que foram maiores do que o esperado.
O banco de investimentos disse em um relatório publicado no domingo (6) que as novas tarifas anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, reduziriam o crescimento do PIB chinês em pelo menos 0,7 ponto percentual este ano.
“Antes das tarifas, o crescimento estava acima de nossas previsões, e estávamos contemplando uma revisão para cima de nossas expectativas do PIB de 2025″, disse o relatório.
O Goldman apontou para um comentário no jornal estatal chinês People’s Daily, no domingo, que sugeriu ações de política monetária e listou medidas que a China poderia tomar.
“Com base na situação em evolução, há amplo espaço para ajustes em ferramentas de política monetária, como cortes na taxa de depósito compulsório e reduções nas taxas de juros, que podem ser introduzidas a qualquer momento”, disse o jornal.
O People’s Daily também apontou para uma possível expansão adicional de déficits fiscais, títulos especiais e títulos especiais do tesouro.
A China tomará “medidas extraordinárias” para impulsionar o consumo doméstico, acelerar a implementação de políticas estabelecidas e introduzir um lote de políticas de reserva, disse.
O Goldman disse em um relatório separado, também divulgado no domingo, que manteve sua previsão de crescimento do PIB de 2025 para a China em 4,5% devido a dados melhores do que o esperado do primeiro trimestre e maiores expectativas de flexibilização da política, mas reduziu sua previsão de crescimento dos lucros para o ano de 9% para 7%.
Trump introduziu uma tarifa adicional de 34% sobre produtos chineses como parte de impostos elevados à maioria dos parceiros comerciais dos EUA, elevando os impostos totais sobre a China neste ano para 54%. A China retaliou com uma série de contramedidas.
O banco de investimento também rebaixou Taiwan para underweight em suas alocações de mercado asiático, citando alta exposição às exportações dos EUA e sensibilidade do mercado.
Fonte: CNN Brasil