O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse ao ministro de Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino que respeita a decisão do assessor especial de seu gabinete Danilo Campetti (Republicanos) ter que retornar para a Polícia Federal em São José do Rio Preto (SP).
“Ele é policial federal, subordinado à Polícia Federal. Eles têm o direito de pedir. “Conversei com Flávio [Dino] depois do pedido [de afastamento de seu assessor]. Eu fiz minhas ponderações, ele fez as ponderações dele, tudo certo”, disse Tarcísio de Freitas ao Estado de S.Paulo durante a Marcha Para Jesus na última quinta-feira (8).
No dia 4 deste mês, o portal ‘Terra’ publicou uma matéria revelando que Dino solicitou que o assessor especial de Tarcísio de Freitas, Danilo Campetti, seja enviado de volta à Polícia Federal. No entanto, nenhuma explicação detalhada foi fornecida sobre os motivos específicos para essa solicitação.
O pedido de retorno de Danilo Campetti à Polícia Federal foi formalizado por meio de um ofício enviado em abril ao gabinete do secretário estadual de Governo, Gilberto Kassab. O documento assinado por Ricardo Capelli, secretário executivo do Ministério da Justiça, justificou a necessidade do servidor voltar às suas funções devido à falta de efetivo causada pela criação de novas diretorias na PF.
Campetti participou da condução coercitiva e da prisão de Lula durante a Operação Lava Jato, o que na época gerou revolta entre a militância do Partido dos Trabalhadores (PT). O policial também foi responsável por escoltar o então ex-presidente em 2019, quando ele obteve liberdade provisória para comparecer ao velório de seu neto.
Esses episódios motivaram a entrada de uma representação na PF e no Ministério Público Federal por parte da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que acusou Campetti de ser um apoiador declarado do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais.
Segundo o Diário de São Paulo, diante desse contexto, fontes ligadas ao governo de Tarcísio apontam uma possível vingança pessoal por parte do presidente da República e acusam Lula de interferir na gestão estadual.